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8 de Janeiro: relatora da CPMI pede criação de memorial em protesto aos atos de vandalismo

Texto da relatora, senadora Eliziane Gama, deve ser apresentado nesta terça-feira; oposição articula um relatório paralelo

A um dia da leitura do relatório final da CPMI do 8 de Janeiro, a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou um projeto de resolução já como um desdobramento das investigações do colegiado.

A proposta cria o Memorial em Homenagem à Democracia Brasileira, a ser construído na área externa do Senado.

De acordo com o texto da proposta, o memorial deve ser instalado onde possa ser visto “facilmente” pela população e ter uma placa de identificação com os seguintes dizeres: “A República Federativa do Brasil constitui-se, nos termos do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, em Estado Democrático de Direito. No dia 8 de janeiro de 2023, a Democracia brasileira foi atacada. Nunca, os democratas, esqueceremos.”

Para a senadora, o memorial é uma forma de fortalecer a democracia, em protesto aos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro deste ano.

“Vimos, com o desenrolar do trabalho, que o Brasil se aproximou muito de registrar uma ruptura institucional com a democracia, com um sem-número de autocratas delirantes capazes a tudo, até mesmo tentar tomar à força o poder constituído após o persistente processo de cupinizar a democracia não ter dado os frutos esperados no tempo almejado”, disse a relatora na justificativa do projeto.

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou um projeto de resolução já como um desdobramento das investigações do colegiado | Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

 

Relatório da CPMI do 8 de Janeiro

O relatório final da CPMI do 8 de Janeiro, que deverá ser apresentado nesta terça-feira (17), tem cerca de 900 páginas e foi construído com base em quase 24 mil arquivos, entre sigilosos e ostensivos.

O volume de informações a que a comissão teve acesso e analisou para chegar a um resultado foi de 7.444 gigabytes (GB). Para se ter uma noção da magnitude das informações, o quantitativo corresponde, aproximadamente, a 9.600 armários físicos cheios de papel; 3.720 horas de vídeos HD; ou a 21.140 horas de áudio.

Os documentos se desdobram em 11.931 arquivos sigilosos, divididos em 4.096 pastas, aproximadamente 7.250 GB de informação (ou 7,25 terabytes – TB). Quanto aos ostensivos, pela última contagem da Coordenação de Comissões Especiais, Temporárias e Parlamentares de Inquérito, são 11.770 arquivos, divididos em 1.594 pastas, totalizando cerca de 194 GB de informação.

 

*R7

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