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Com a saída de Jânio Darrot, acusado de “traição”, PSDB recusa José Eliton

Da Redação

O ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot caiu em desgraça entre as poucas lideranças que restaram dentro do PSDB goiano, partido que ele, Jânio, continua presidindo, estadualmente, mas do qual já avisou que está de saída – só aguardando a designação de um substituto.

Darrot vai se transferir para um partido nanico, o Patriotas, que, no entanto, pode surpreender e crescer se receber a filiação do presidente Jair Bolsonaro para viabilizar legalmente a sua candidatura à reeleição. O PSDB que ele recebeu, quando assumiu a presidência estadual, é bem diferente do que está entregando: na época, o partido tinha o governador, mais de 10 deputados e quase 80 prefeitos; hoje, é uma pálida sombra disso, com 6 deputados e somente 20 prefeitos, dos quais a metade está se transferindo para partidos da base do governador Ronaldo Caiado.

Como novo presidente do PSD estadual, o ex-governador Marconi Perillo, que manda na legenda, designou o vice-governador José Eliton, homem da sua confiança estrita. Esse vínculo é importante porque o controle do diretório estadual dá acesso a verbas do Fundo Partidário, valiosas para políticos que estão fora do poder e vivem um período de vacas magras, como Marconi.

Problema: o PSDB virou pó de traque em Goiás com os maus resultados que obteve nas eleições de 2018 e 2020 e com a ojeriza com que passou a ser visto pela população goiana depois dos seguidos anos de escândalos que mancharam o partido. Mas, dos poucos quadros que restaram, a maioria rejeita José Eliton, visto como arrogante e prepotente no trato com os companheiros, conforme demonstrou quando foi vice-governador por 7 anos e 3 meses e depois governador por 9 meses.

Fora Marconi, ninguém quer José Eliton comandando o que sobrou do PSDB. O deputado estadual Talles Barreto, por exemplo, sempre sonhou em presidir o partido, mas não tem a confiança de Marconi. Outro que tem pretensões é o ex-presidente da Assembleia e ex-prefeito de Catalão Jardel Sebba, que tem um defeito grave: leva ao caos tudo em que põe a mão, como fez na Assembleia e em Catalão, sua terra natal, de onde inclusive se mudou, e por isso seu nome é vetado por Marconi.

O PSDB já foi o partido mais importante de Goiás. Mandou gloriosamente por 18 anos, de 1999 a 2018, até ser massacrado nas urnas pela vitória esmagadora do governador Ronaldo Caiado. Os tucanos perderam com José Eliton para governador (ficou em 3º lugar) e Marconi para o Senado (foi humilhado com o 5º lugar) e a partir daí entraram em processo de desconstrução acelerada.

Ninguém quer José Eliton, considerado como o coveiro do PSDB

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