BrasilPolítica
Tendência

Ronaldo Caiado enfrenta tumulto e confusão durante depoimento na CPI do MST

Parlamentares protagonizaram bate-boca e acusações durante a oitiva do governador de Goiás

A participação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, na CPI do MST nesta quarta-feira, 31, foi marcada por intensos debates e conflitos entre os parlamentares governistas e oposicionistas.

Antes mesmo do início da sessão, as deputadas Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ) apresentaram uma série de questionamentos ao presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RJ), sobre as diligências realizadas em São Paulo e os procedimentos adotados nas sessões.

Essas questões levantadas pelas parlamentares resultaram em atrasos no início da audiência, o que gerou insatisfação por parte de Zucco. Ele afirmou que as questões fora do escopo da sessão não seriam respondidas.

Depoimento

Durante o depoimento de Caiado, parlamentares de esquerda tentaram interrompê-lo. O governador, que se opõe ao MST, declarou que o movimento não possui uma entidade formalizada e afirmou que já recebeu financiamento de organizações europeias. Ele questionou quem rotulou o movimento como “MST” e argumentou que o discurso de ser “defensor dos pobres”, utilizado pela esquerda, não é coerente, enfatizando a importância do Estado na garantia da dignidade humana.

Parlamentares governistas tentaram acusar Caiado de ser aliado de grileiros e mencionaram acusações de trabalho escravo em fazendas ligadas à família do governador.

Enquanto Caiado compartilhava suas experiências com o MST, o deputado petista Nilto Tatto (PT-SP) tentou apresentar uma questão de ordem, mas o governador não interrompeu sua fala, afirmando que conhecia o regimento e que não interromperia seu discurso.

Mais tarde, uma militante conhecida de Sâmia, Líbia Bellusci, interrompeu a sessão e proferiu ofensas contra Caiado. Zucco então solicitou a intervenção dos policiais legislativos para retirá-la do local.

Diante disso, as duas deputadas do Psol se levantaram para proteger a militante. O presidente da CPI do MST acabou cedendo e permitiu que Líbia permanecesse na sessão.

Confira a confusão no vídeo abaixo:

Confusão durante a CPI do MST nesta quarta-feira (31) – Vídeo: reprodução ‘Política em Goiás’

 

A CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) busca investigar a atuação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A iniciativa ocorre em meio às ações do movimento neste ano e à crescente pressão da bancada ruralista pela instalação da comissão.

A comissão partiu de um requerimento do deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), com apoio de membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), mais conhecida como bancada ruralista.

A CPI possui 27 membros titulares e 27 suplentes. O primeiro passo para a criação da comissão foi a leitura do requerimento, ocorrida no dia 26 de abril. A instalação, porém, deu-se apenas na primeira sessão da comissão, em 17 de maio.

 

*Com informações Revista Oeste

Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos dos nossos grupos de WhatsApp

 

 

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo