Governo de Goiás facilita acesso ao programa de troca de geladeiras
O objetivo do programa é a redução do consumo de energia elétrica com equipamentos que consomem menos.
Equipamento chega à população mais vulnerável por meio de parceria entre Estado e Enel. Em meio à pandemia, Secretaria de Desenvolvimento Social realiza trabalho para que ação contemple todo território goiano.
O Governo de Goiás, em parceria com a Enel Distribuição Goiás, já garantiu que 750 famílias de baixa renda façam a troca de geladeiras antigas por equipamentos novos e mais eficientes, sob ponto de vista de consumo energético. O acordo entre o Poder Público e a empresa privada foi firmado em julho deste ano. As trocas ocorrem dentro do programa Enel Compartilha Eficiência, que é voltado ao uso inteligente da energia elétrica e faz parte do Fundo de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia.
Na parceria, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) oferece à Enel o acesso ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Inicialmente, o convênio viabilizou o ingresso de famílias ao Tarifa Social – que dá desconto na conta de energia, desde que o consumo seja de até 200kW/h por mês. Agora, a Seds oferece orientação e apoio logístico às pessoas inscritas no programa e outras em situação de vulnerabilidade social para que possam também participar dos sorteios. Os equipamentos não têm custo algum para os beneficiados, basta que o sorteado entregue a geladeira antiga em troca.
A parceria ampliou o projeto da Enel já que o Estado, por meio das Seds, estimula e orienta os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que formam a rede de proteção social nos municípios, identifiquem as famílias que realmente precisam da geladeira ou da troca de lâmpada.
Superintendente de Desenvolvimento, Assistência Social e Inclusão, da Seds, Luíza Rodrigues Vítor explica que, com a pandemia, a Enel teve que se adequar ao sistema remoto para fazer o projeto. Toda operação, desde o cadastro ao sorteio, ocorre hoje de forma on-line. “Então, é muito mais difícil chegar até as pessoas mais carentes. Mas o Estado, por meio de sua rede de proteção, conseguiu aumentar a quantidade de cadastros e o atendimento às famílias, já que proporciona uma busca ativa para a Enel”, conta.
O objetivo do programa é a redução do consumo de energia elétrica com equipamentos que consomem menos. No projeto há também a disponibilização de aparelhos como chuveiros, ar-condicionado e lâmpadas. Mas dentro da parceria com o Governo de Goiás, para as famílias carentes, as trocas são de geladeiras e lâmpadas. Todos os equipamentos usados e ineficientes têm destinação ambientalmente correta feita pela Enel.
Desde o início da parceria, a troca das 750 geladeiras ocorreu em nove municípios goianos. Em Goiânia, foram atendidos os setores Balneário Meia Ponte, Jardim Curitiba, Recanto das Minas Gerais, Itatiaia e Itaipu. Foram realizadas as trocas de 50 geladeiras em cada um deles. Além disso, foram contempladas famílias de Rio Verde (50), Trindade (50), Nerópolis (60), Anápolis (50), Aparecida de Goiânia (50), Indiara (60), Flores de Goiás (100) e Aragarças (80).
A Seds também realiza o mapeamento nos municípios onde serão feitas as trocas junto às comunidades tradicionais e famílias vulneráveis. Em Aragarças, por exemplo, que recebeu a última edição do projeto, três tribos indígenas foram beneficiadas. A Enel ainda elabora cronograma para que o projeto seja levado às comunidades Kalugas, na região Nordeste do Estado.
Segundo Luíza Rodrigues, o Governo de Goiás, nesse pouco tempo, tem uma resposta e um reconhecimento grande por contribuir com o projeto. Ela lembra de uma ação em Aparecida de Goiânia, em que uma catadora de lixo foi beneficiada e trocou “praticamente uma sucata”, por um equipamento novo para conservar comida e medicamentos, dela e de sua mãe. “Ela relatou que várias vezes a geladeira descongelava e perdiam a insulina e a alimentação. Então, essa é uma ação muito bacana, que impacta não só na redução do consumo da energia, mas também que gera qualidade vida para essas populações carentes.”