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2020, o ano em que não faltou água em Goiás

Mesmo com estiagem e aumento do consumo em função da pandemia, Governo de Goiás, por meio da Saneago, garante regularidade do abastecimento em todo Estado. Prevenção, obras e emprego de tecnologias evitam desperdício. Equipes vistoriam ligações de água por meio de varetamento com haste de escuta para eliminar vazamentos. Investimentos imediatos somam R$ 11 milhões em Anápolis, onde foram perfurados 19 poços profundos

Da Redação

O longo período de estiagem, marcado por altas temperaturas e baixa umidade, e o próprio contexto de pandemia da Covid-19 trouxeram como reflexo um maior consumo de água. No mês de setembro de 2020, em comparação ao mesmo mês de 2019, o aumento foi de 5%. Mesmo assim, a Saneago manteve o abastecimento regular para seus quase 6 milhões de clientes, em todos os 226 municípios onde opera.

O volume faturado saltou de 25.176.364 metros cúbicos de água em setembro do ano passado para 26.455.279 no mesmo mês deste ano. A título de ilustração, essa diferença de 1.278.915 metros cúbicos seria suficiente para encher mais de 2,5 milhões de caixas d’água de 500 litros.

“A melhor forma de enfrentar este ano de 2020, marcado pela pandemia e estiagem prolongada, é não deixando faltar água. Este é o resultado para o qual trabalhamos muito”, enfatiza o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski. O quadro de regularidade no abastecimento, tanto na Região Metropolitana de Goiânia quanto no interior do Estado, deve-se aos trabalhos de prevenção aos efeitos da estiagem, executados pelo Governo de Goiás e Saneago.

Foram realizadas pequenas obras voltadas ao operacional, entre elas estão a automação de sistemas, a troca de hidrômetros, a perfuração e a interligação de poços, o aumento de reservação e a força-tarefa contínua de redução de perdas. A companhia utilizou, também, tecnologias para evitar rompimentos de tubulações, entre elas as Válvulas Redutoras de Pressão e os controladores Day Night, dispositivos mecânicos que protegem o sistema, atuando no sentido de controlar a pressão nas redes. Os resultados atestam o compromisso permanente no combate às perdas, garantindo menos desperdício e mais água na torneira para os clientes.

“Temos feito muitas melhorias para garantir a estabilidade do abastecimento. Desde a estiagem do ano passado, não paramos. E a questão das perdas é fundamental nesse aspecto. Apesar dos baixos índices que já registramos em Goiás, nosso objetivo é reduzi-los cada vez mais”, declara o presidente da Saneago. Enquanto a média nacional de perdas de água na distribuição é de 38,5%, no estado de Goiás esse índice marca 29,2%, o menor do País. Já Goiânia, com 21,7%, está classificada como a segunda melhor capital brasileira. Os dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

Região Metropolitana

O período de estiagem contou com recordes históricos de temperatura em diversas regiões do Estado. Goiânia registrou 41,1°C, o dia mais quente dos últimos 83 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia. “Mas onde faltou chuva, não faltou compromisso. Tudo isso graças ao cuidado e investimentos constantes na redução do desperdício, na melhoria dos sistemas, na eficiência do atendimento das equipes e na preservação dos mananciais”, pontua Soavinski.

Neste ano, a Companhia executa a maior força-tarefa de caça a vazamentos ocultos já realizada no Brasil. Além da Capital, a iniciativa abrange os municípios de Aparecida de Goiânia e Trindade. As ações tiveram início em janeiro e foram intensificadas a partir de junho, visando assegurar reforço ao abastecimento da Região Metropolitana durante o período de estiagem.

As equipes já vistoriaram mais de 45% das cerca de 760 mil ligações de água existentes nesses municípios. A partir dessa ação são substituídos ramais e retirados vazamentos. O mutirão é realizado por meio de varetamento com haste de escuta. Esse aparelho possui uma base de apoio para o ouvido e, ao ser encostado no kit cavalete, permite a reverberação do chiado da água, possibilitando a identificação de vazamentos não visíveis.

Anápolis 

Desde o final do ano passado, foram realizadas obras e um conjunto de melhorias operacionais, que garantiram regularidade no abastecimento de água tratada em Anápolis, inclusive no período de estiagem. Os investimentos de curtíssimo prazo somam R$ 11 milhões.

Na Estação de Tratamento de Água, as melhorias permitiram o incremento de 80 L/s na capacidade de produção da unidade, passando a tratar 900 L/s de água. No município, foram perfurados e selecionados 19 poços profundos, que estão entrando em funcionamento gradativamente, fornecendo 128 L/s por segundo conforme a demanda de consumo da população. Além disso, foram implantados 33 km de adutoras para interligação desses poços aos reservatórios.

Outra ação de destaque é quanto ao reforço no abastecimento do Centro de Reservação Jardim América, viabilizando a integração dos sistemas Daia e Piancó. A conclusão de dois novos reservatórios na unidade ocorrerá no próximo mês, ampliando a capacidade em 2 milhões de litros, garantindo maior segurança hídrica para 52 mil pessoas da região e viabilizando o bombeamento de água para centros de reservação localizados em outros bairros.

Um grande conjunto de obras e melhorias operacionais foi o que assegurou a estabilidade no sistema de abastecimento. As recentes situações que prejudicaram o fornecimento de água foram ocasionadas, exclusivamente, pelas constantes e prolongadas quedas de energia elétrica.

O município de Anápolis recebe total atenção da Saneago e do Governo do Estado, que trabalham para que cada vez mais anapolinos tenham acesso à água, com sistemas de qualidade e funcionando com regularidade. Essa dedicação também é para o futuro, por meio das obras de médio e longo prazo, integrantes do Contrato de Programa com o município. O sistema será melhor ainda graças aos investimentos que estão em contratação e resolverão o abastecimento por décadas à frente.

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