Missão da OPAS visita Aparecida de Goiânia para conhecer estratégia local de enfrentamento à Covid-19
Da Redação
A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) recebeu, na última semana, um grupo de especialistas de diversas áreas da “Missão Covid-19” da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O projeto se estenderá até o final do ano e tem percorrido o Brasil desde o último mês de junho para trocar experiências sobre o enfrentamento à pandemia do Coronavírus. Antes de Goiás, onde visitou também Goiânia e Rio Verde, a Missão já passou por Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Além da reunião técnica com apresentações e debates, os visitantes também estiveram em três unidades da SMS para conhecer o funcionamento da rede. A comitiva visitou o Hospital Municipal (HMAP), a UPA Flamboyant e a UBS Expansul. O secretário de Saúde Alessandro Magalhães ressaltou a importância do encontro: “Esse intercâmbio de estratégias contribui para o aprimoramento do que tem sido feito no Brasil considerando as diferenças de cada região do País. É uma oportunidade valiosa para nossos profissionais, que lidam com uma cidade como a nossa, que tem quase 600 mil habitantes, de debater com profissionais com vasta experiência e treinados para o enfrentamento a pandemias.”
Principais ações
Alessandro Magalhães enfatizou as principais estratégias adotadas em Aparecida no combate à Covid—19 seguindo as três diretrizes de “diagnosticar com precisão, isolar e monitorar os infectados e tratar com eficácia.” O gestor citou a implantação de dois comitês de enfrentamento, um da SMS e outro reunindo várias instituições públicas e privadas da sociedade para deliberar sobre as ações desenvolvidas, a contratação de um laboratório privado local para realizar os exames de RT-PCR para detecção do vírus, a ampliação da testagem, o monitoramento de cerca de 38 mil pacientes pela Telemedicina, a aquisição de 600 oxímetros de pulso, a oferta de exames laboratoriais, o rastreamento de contatos e a realização de dois inquéritos populacionais, dentre outras iniciativas.
Rodrigo Said, Fabiana Barine e Hildo Araújo, representantes da OPAS, estavam acompanhados por Nayane Rocha, Livia Melo e Maria Rita Dutra, profissionais de Saúde Pública que acompanharam a visita. Durante a manhã, todos assistiram às apresentações dos gestores da SMS sobre as ações feitas nas áreas de assistência, vigilância, laboratorial e comunicação de risco.
De acordo com os profissionais da OPAS, um dos objetivos da Missão, para além de conhecer e divulgar o que tem sido feito em todo o País, é o de produzir conhecimento sobre a Covid—19 em busca de ações eficientes para salvar vidas e conter a disseminação do coronavírus. Após cada visita, a equipe produz um relatório sobre o que conheceu destacando, nas estratégias adotadas, as iniciativas bem-sucedidas e sugerindo possíveis adaptações e melhorias.
Na última sexta-feira, 30 de outubro, o grupo fez a devolutiva à SMS, em um encontro virtual. Os profissionais da OPAS apresentaram suas impressões a partir das apresentações e visitas realizadas em Aparecida. Os três representantes da organização listaram os pontos fortes das estratégias adotas pela cidade e também apontaram o que chamaram de “pequenas oportunidades de melhorias”.
O ponto mais elogiado pelo grupo foi a testagem em massa realizada com o RTP-PCR. O exame é o melhor para diagnóstico da Covid-19 e tem sido amplamente realizado no município, desde abril. De lá para a cá, a Prefeitura estruturou 13 pontos de coleta e já realizou mais de 137 mil testes. Rodrigo Said afirmou: “Estamos impressionados com a capacidade de vocês”. Fabiana Barine também elogiou: “Dentre os municípios que visitei, com certeza vocês foram um dos mais fortes no enfrentamento à pandemia, principalmente tendo a testagem como aliada”.
A OPAS
Fundada em 1902, a OPAS é o braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas e é a agência internacional de saúde pública mais antiga do mundo. A instituição oferece cooperação técnica a seus países membros e atua no combate a doenças transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis e suas causas e fortalece os sistemas de saúde e de resposta em face a emergências e desastres.
