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“Eu que quero saber cadê o dinheiro”, diz Cristiane Schmidt ao rechaçar críticas de Marconi à gestão Caiado

Secretária da Economia destaca que governo anterior deixou pagamento da folha em atraso e mais de 400 obras inacabadas. “Goiás finalmente volta à rota do desenvolvimento econômico com um plano de investimento mais sólido”, diz. “Colocamos a casa em ordem, com muito trabalho, jamais com choradeira”, afirma

“Eu que quero saber cadê o dinheiro”, diz a secretária da Economia, Cristiane Schmidt, ao rechaçar críticas que o ex-governador Marconi Perillo fez a gestão financeira do Estado na administração do governador Ronaldo Caiado. “Colocamos a casa em ordem, com muita dificuldade, com muito trabalho, jamais com choradeira. As coisas começam a fluir. Estamos inclusive arrumando todo o resto a pagar de vinculações que ele não cumpriu, que os governos anteriores não cumpriram,” destacou durante entrevista à rádio Sagres neste sábado (05/12).

Em resposta a questionamento de Marconi sobre onde está o dinheiro do Estado, Cristiane retrucou que a pergunta era pertinente para o próprio ex-governador. “Onde é que estava o dinheiro que ele não pagou a folha, que ele deixou mais de 400 obras inacabadas, que a gente viu diversos contratos na antiga Agetop, agora Goinfra, com muitas complicações… A gente quer saber também.”

Quanto à fala de Marconi de que a atual gestão nesses dois anos foi só “choradeira” e que o Estado conta com liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) para não arcar com valores da dívida externa, a secretária acrescentou que se existe liminar é pela necessidade de se ajustar a casa. “Isso não é choradeira. Isso é uma estratégia. O que esse governo tem é isso, estratégia e planejamento financeiro”, rebateu.

A titular da Economia voltou a afirmar que o Estado quitou a dívida externa que existia. “Agora é bom comentar o seguinte, não consegui ter acesso ao Profisco 2 [Programa de Apoio à Gestão dos Fiscos do Brasil] porque ele atrasou com dívidas no passado. Estou tendo aumento da dívida mensal em R$ 100 milhões porque ele rompeu o teto em 2018 e agora o Estado de Goiás está sofrendo”, pontuou.

Cristiane citou ainda que não tem “nenhuma tendência para ficar chorando por leite derramado”. “O que eu faço é trabalhar 24 horas, sete dias por semana.” Segundo a secretária, o que o Estado busca é uma referência moral, que ela aponta ter vindo com o governador Ronaldo Caiado. “Fizemos muito em dois anos com o pouco que tínhamos. Usamos nossos recursos de maneira muito eficiente, todas as pastas”. E completou: “Esse é um governo que faz. Não é uma gestão que chora. Quem está chorando é administração passada porque está vendo o tanto de coisa que a gente está fazendo com tão pouco dinheiro”, ressaltou.

Cristiane destacou o projeto do governo de levar a saúde para todos os 7,2 milhões de goianos. “A gente está regionalizando a saúde. Estamos fazendo policlínicas, estamos estadualizando hospitais.” A titular da Economia ainda apontou outros investimentos do Estado, como na implementação da internet 5G para o agronegócio e melhorias na educação. “A gente está não só número 1 no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], mas estamos também recuperando todas as escolas”.

A secretária também citou modificações positivas na parte tributária, como o lançamento do Programa de Desenvolvimento Regional (ProGoiás), novo modelo de incentivos fiscais do Estado que é sucessor do Fomentar e Produzir.

“Antes, no governo Marconi, você tinha lá os incentivos fiscais que demoravam até dois anos para o investidor fruir com os investimentos.” Cristiane menciona que “era uma burocracia”, enquanto o novo programa é impessoal e desburocratizado. “Em menos de 60 dias já está podendo fruir com seu ProGoiás”.

A titular da Economia também destacou na entrevista que Goiás foi reconhecido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) como o Estado que mais conseguiu economizar com a máquina pública neste ano. “Isso é fruto de um planejamento financeiro, de uma ordem do governador de que ele quer a coisa correta. Aqui não tem sobrepreço mais. Os contratos tiveram uma queda de 20% a 30% nos seus valores”, disse.

Segundo relatório do STN, órgão do Ministério da Economia, na comparação entre janeiro e junho de 2020 com o mesmo período do ano passado foi registrada queda de 8% das despesas correntes de Goiás. Além disso, o documento aponta boa posição de Goiás em relação ao grau de dependência de repasses da União. As receitas próprias do Estado no primeiro semestre corresponderam a 82%, sendo 18% de transferências correntes.

“Goiás está finalmente voltando à rota do desenvolvimento econômico com um plano de investimento mais sólido, dentro das áreas de educação, de saúde, principalmente, que são áreas que todo cidadão quer ver”, ressaltou a secretária.

Cristiane apontou ainda ter muito serviço pela frente em 2021 e 2022. “Foram 20 anos massacrando o Tesouro, tirando o dinheiro de maneira questionável, então agora a gente está tentando em dois anos reconstruir o que foi retirado da população em 20. Isso demora mais tempo, isso não é de uma hora para outra”, concluiu ela.

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