Editorial

PEC Kamikaze

A PEC que fura o teto de gastos e atropela a legislação eleitoral para instituir benefícios temporários para as faixas carentes da população brasileira deverá ser aprovada e sancionada em poucos dias, talvez hoje ou amanhã.
Enganosa, não passa de uma manobra para tentar alavancar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, hoje muito atrás de Lula da Silva nas pesquisas. Especialistas preveem que as suas consequências serão drásticas, no futuro, gerando mais inflação a partir dos gastos sem cobertura superiores a R$ 40 bilhões daqui até dezembro, quando a PEC perderá os efeitos e o reforço dos auxílios emergenciais será suspenso.
Na verdade, trata-se de mais uma manifestação da tradicional irresponsabilidade fiscal que sempre permeou os governos do País, com raras exceções, entre as quais os presidentes Fernando Henrique Cardoso e o próprio Lula se inserem como exemplos de contenção financeira e respeito às leis.
Não à toa, a PEC foi batizada de “Kamikaze”, em alusão aos pilotos suicidas do Japão, na 2ª Guerra Mundial, que atingiam os inimigos, porém à custa da própria vida. No caso, comprometendo o futuro dos brasileiros.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo