Vacina para todos!
O início da vacinação contra a Covid-19 trouxe um alívio nesta árdua luta contra essa terrível doença. O momento, para quem viveu um período de medo, incerteza e perda de entes queridos e amigos, é de comemoração e de expectativa. Mais de 200 mil pessoas perderam suas vidas nesta batalha para o coronavírus somente no Brasil. Os números são aterrorizantes!
Desde o início da pandemia, em março do ano passado, estávamos vivendo a expectativa da descoberta de uma vacina para imunizar as pessoas contra a COVID-19. Os cientistas trabalharam dia e noite para descobrir a vacina, enquanto nós, pobres mortais, tínhamos consciência que precisaríamos seguir ao pé da letra o protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Foram meses e meses de incertezas e milhares de mortes – eu mesmo, lamentavelmente, passei por isso em minha família. Boa parte da população seguiu à risca as determinações da OMS. Outra parte, porém, optou por se expor, principalmente as pessoas mais jovens que se arriscaram – e ainda se arriscam – nas baladas clandestinas. Uma irresponsabilidade sem tamanho!
A primeira etapa da vacinação, porém, gerou frustração. Somente profissionais de saúde e idosos e outros do grupo de risco foram agraciados com a vacina, deixando à mercê do risco boa parte da população brasileira. Em Aparecida de Goiânia, onde moro, a quantidade de doses foi limitadíssima e não deu nem para suprir o grupo da saúde, segurança pública, sistema prisional e idosos.
Comerciantes e empresários, que estão na linha frente, deveriam também receber a vacina neste primeiro momento. Eles, ao contrário que muitos pensam, estão na linha de frente deste o início da pandemia. Se não fosse o setor produtivo, o desabastecimento, sobretudo de alimentos e utensílios de primeira necessidade, seria sentido pela população.
Na verdade, o governo federal precisa se sensibilizar e adquirir vacina suficiente para toda população brasileira, sem discrição. A vida de todos deve ser valorizada, já que a vacina contra a COVID-19, indiscutivelmente, é a nossa maior esperança em 2021, para que o Brasil e o mundo voltem a ser produtivo, acabando com a insegurança no setor econômico.
Mesmo com a chegada da vacina, estamos vivendo a segunda onda da pandemia em algumas partes do país. Hospitais lotados e pessoas tendo suas vidas ceifadas por conta do coronavírus. A vacina, sem dúvida alguma, é a nova principal esperança.
O governo federal precisa incrementar uma política mais audaciosa, como citado alhures. É preciso disponibilizar vacina para todos, independentemente de classe social. Esta iniciativa, aliás, seria menos oneroso para o governo federal, pois teria mesmo gastos com intubação de pessoas com casos graves da COVID-19.
Maione Padeiro é presidente da
Associação Comercial e Industrial da Região Leste
de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG)