Processos vão tornar Marconi inelegível e impedir candidatura a deputado federal
Ex-governador tucano anuncia volta à política no próximo pleito, mas enfrenta entraves jurídicos que vão mantê-lo afastado do processo eleitoral
Em uma reunião do PSDB estadual, que juntou minguados 10 integrantes da cúpula do partido neste início de semana em Goiânia, o ex-governador Marconi Perillo anunciou o que já se sabia: em 2022, pretende se candidatar a deputado federal, já que, para cargos importantes como o de governador ou de senador, não tem a menor chance desde que foi massacrado nas urnas de 2018 e ficou em 5º lugar na disputa por uma vaga senatorial.
Marconi pode ficar só no plano das intenções. Ele está a um passo de se tornar inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, que proíbe o registro de candidatos condenados em 2ª instância. Há pouco tempo, o ex-governador recebeu uma sentença de 1º Grau na Justiça Eleitoral, por crimes cometidos na eleição de 2006, quando conquistou o mandato de senador. Se o Tribunal Regional Eleitoral confirmar a condenação, Marconi não pode ser candidato a nada por 8 anos.
Mas não é só. O chefe da tucanada de Goiás responde a mais de 40 processos, entre criminais e cíveis, que estão em graus diversos de andamento no Poder Judiciário, alguns bem próximos da decisão do juiz de 1º Grau. Isso acontecendo, é claro que ele recorrerá ao Tribunal de Justiça, onde, se não tiver sucesso, ficará com a ficha suja e impossibilitado de registrar qualquer candidatura. O risco é grande.
A maioria dos processos a que Marconi é por improbidade administrativa por atos cometidos como governador de Goiás. Há alguns, muito mais graves, na esfera penal, pelo recebimento de propinas pagas pela Construtora Odebrecht, formação de quadrilha e corrupção, por denúncia do Ministério Público Federal. Há profusão de provas em todos eles, desde grampo até delações premiadas de executivos detalhando como pagavam suborno ao então governador goiano.
Da Redação