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Covid-19 impõe domingo de Super Bowl diferente nos EUA

Aqueles que optarem por se reunir em grandes e pequenas festas para acompanhar o Super Bowl em Tampa (Flórida), e em todo o país, terão de lidar com advertências de funcionários do setor de saúde pública para o cumprimento dos protocolos básicos de segurança em meio à pandemia de covid-19, que já vitimou mais de 450 mil pessoas nos EUA.

A orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA para aqueles que forem acompanhar o jogo em locais públicos é que evitem “gritar ou cantar” e ir ao banheiro durante “momentos de grande fluxo de pessoas”.

Para as empresas locais em Tampa, atender os padrões de segurança da era da covid-19 durante o maior evento esportivo norte-americano significa um trabalho adicional.

“Precisamos ter certeza de que estamos tomando essas precauções com o máximo rigor possível”, disse Tom Malloy, de 25 anos, gerente do Ducky’s Sports Lounge em Tampa, que planeja receber torcedores para acompanhar o jogo neste domingo com mesas internas e externas e 40 TVs exibindo a partida.

“Como empresa, estamos dispostos a aceitar qualquer um desses custos adicionais para fazer com que as pessoas se sintam seguras”, declarou.

Malloy afirma que a pandemia tem sido uma experiência de aprendizado de como se manter em dia com as medidas de segurança locais enquanto resiste ao “fortíssimo golpe” no faturamento.

“Estamos usando o Super Bowl como uma espécie de oportunidade para talvez reacender um relacionamento com pessoas que, você sabe, estiveram longe do bar desde que a covid-19 chegou”, diz Malloy. “Graças a Deus, o Super Bowl tem nos ajudado”, afirma.

A mais de 4 mil quilômetros de distância, em Long Beach (Califórnia), o Legends Sports Bar, na agitada 2ª rua, está se preparando para o que é tradicionalmente um dos dias mais movimentados do ano.

Normalmente, o restaurante estaria lotado de foliões, mas em razão das restrições impostas pela pandemia de covid-19 para refeições em ambientes fechados, mesas adicionais foram instaladas do lado de fora próximas a TVs gigantes.

“Vamos com todo vapor. TVs ligadas, som ligado e o mais alto possível”, diz o gerente Daryl Domantay. Todas as mesas, que estão posicionadas 2,5 metros uma da outra, já estão esgotadas.

Ele disse que caberá à sua equipe evitar que os grupos se aproximem demais, o que ele admitiu ser um desafio.

“Vai ser difícil, pois geralmente as pessoas correm para cima e para baixo, cumprimentando umas às outras. Em vez disso, elas precisarão ficar sentadas, a menos que estejam usando o banheiro”, declarou.

Mas Domantay afirma que teve sorte. Bares semelhantes no condado de Los Angeles, que são administrados por um departamento de saúde diferente, foram proibidos de manter TVs ligadas de forma a desencorajar as aglomerações.

“Comportem-se”

Os fãs da NFL que planejaram um dia de muita comida e futebol americano dentro de casa também não estão imunes às precauções estritas.

O doutor Anthony Fauci, a principal autoridade pública especialista em doenças infecciosas nos Estados Unidos, disse esta semana que as típicas festas caseiras em que amigos reuniam grandes turmas para o SuperBowl “não deveriam, absolutamente”, acontecer.

“Por mais difícil que seja, pelo menos desta vez, fiquem calmos e se comportem”, disse Fauci ao programa Good Morning America.

A NBA emitiu um alerta para times e treinadores dizendo que eles estão proibidos de comparecer a festas para acompanhar o Super Bowl fora de suas casas.

Na cidade de Tampa, onde o limite de público de 22 mil pessoas no Raymond James Stadium tornou ainda mais difícil obter ingressos do que o normal, os moradores dizem que estão diminuindo seus encontros tradicionais.

“Todos os anos, geralmente fazemos uma grande festa”, disse Kevin Schmook, morador de Tampa há 24 anos. “Não podemos convidar todos os nossos amigos, então só vamos para uma casa onde sabemos que as pessoas não estão com covid-19”, conclui.

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