Editorial do Diário de Aparecida: Transparência obrigatória
A área de comunicação da prefeitura de Aparecida tem se recusado sistematicamente a fornecer informações solicitadas pelo Diário de Aparecida no exercício da sua missão jornalística. Questões importantes para a comunidade são levadas à Secretaria municipal de Comunicação, que não responde e não justifica a sua omissão diante do seu sagrado dever de informar a população aparecidense através dos veículos de imprensa da cidade e do Estado.
Não é possível crer que se trata de uma orientação passada pelo prefeito Gustavo Mendanha, que repetidamente tem manifestado a sua vocação democrática e, desde quando era vereador, se apresentado como um político aberto e tolerante. Aliás, a imagem do gestor-chefe de Aparecida é a maior prejudicada por essa atitude inaceitável da sua assessoria, que sugere estar agindo em seu nome como retaliação a eventuais críticas publicadas pelo Diário de Aparecida.
Não há engano maior. A prefeitura existe para servir às cidadãs e aos cidadãos aparecidenses. Seu setor de comunicação têm um dever obrigatório de transparência, doa a quem doer, independente da busca por aplausos e por elogios. Aliás, acreditamos que contribui mais quem aponta desafios e problemas do que aqueles que correm para bater palmas e incensar o prefeito, que, em última análise, é apenas um funcionário público destacado.
Na visita do prefeito de Goiânia Rogério Cruz à Cidade Administrativa, uma equipe de reportagem do Diário de Aparecida foi barrada sob a alegação de que, mais tarde, seriam enviados um release e fotos oficiais do evento. Não é assim que funciona. Aos profissionais de imprensa, deve ser facultado o acesso e facilitado o trabalho para que possam levar informações de qualidade e fidedignas aos seus leitores e fugir da insidiosa manipulação dos fatos. O contrário disso é a volta do passado dos coronéis e ao regime ditatorial.