Falha de Gustavo Mendanha: a falta que faz um deputado estadual de Aparecida
Caso o prefeito Gustavo Mendanha (MDB), que domina a política de Aparecida graças à cooptação de todos os partidos políticos para a sua base de apoio graças à farta distribuição de cargos com salários elevados na prefeitura para seus presidentes e apaniguados, não consiga mostrar que é um articulador eficiente, o município passará pela eleição de 2022 e continuará sem representantes na Assembleia Legislativo.
Gustavo Mendanha já fracassou uma vez nesse projeto. Na eleição de 2018, ele estava na metade do seu 1º mandato e não conseguiu evitar a pulverização de candidaturas aparecidenses a deputado estadual. O resultado foi negativo para a cidade: nenhum dos postulantes foi eleito. O representante do MDB, Max Menezes, filho do ex-prefeito e ex-vice-governador Ademir Menezes, chegou a alcançar uma votação recorde superior a 30 mil votos, mas mesmo assim foi derrotado – enquanto candidatos de outros partidos conseguiram uma vaga na Assembleia com votações bem menores, caso do anapolino coronel Adailton, do PP, eleito com 11 mil votos.
A eleição de representantes de Aparecida de Goiânia para o Legislativo estadual é importante para os partidos porque se trata do segundo maior colégio do Estado, com conta exatos 308 mil 749 eleitores na contagem de hoje da Justiça Eleitoral. E também para a população, já que compete aos parlamentares defender os interesses dos municípios e especialmente conseguir mais verbas para políticas públicas no município.
No passado, Aparecida chegou a mostrar força política com três deputados estaduais na mesma Legislatura – Chico Abreu, Ozair José e Marlúcio Pereira. Em outra, contava com dois parlamentares: Ozair José e Ademir Menezes. Em suas 2 gestões, o antecessor de Mendanha, Maguito Vilela, sempre conseguiu eleger deputados estaduais para representar o município na Assembleia.
Com Gustavo Mendanha na prefeitura, essa tradição foi para o ralo: hoje, Aparecida não tem voz no mais importante palco da política estadual. O atual prefeito não conseguiu organizar os partidos que o apoiam, praticamente todos, e acabou ficando sem nenhum dos 41 deputados estaduais. A pergunta que não quer calar: ele conseguirá fazer um bom trabalho em 2022 e dar para o município pelo menos uma cadeira no Poder Legislativo estadual?