Aparecida

Para amenizar desgastes, prefeito Mendanha faz maratona de entrevistas no rádio

Da Redação

O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha (MDB) enfrenta uma confluência de duas situações críticas: a intensificação dos casos de Covid-19 no município, depois que as normas de isolamento social foram relaxadas e em seguida novamente endurecidas, e as dificuldades financeiras que enfrenta diante da falta de certidões para que a prefeitura tenha acesso a recursos federais – que são a principalmente fonte para a cobertura de despesas na área de Saúde.

Somam-se ainda as reclamações do empresariado, insatisfeito com o lockdown parcial decretado por Mendanha e suas consequências obviamente negativas para os negócios, já que está sendo permitido apenas o funcionamento das atividades comerciais e de serviços consideradas como essenciais.

Para amenizar os desgastes, o prefeito agendou uma série de entrevistas em emissoras de rádio que cobrem Aparecida e tem despendido grande parte do seu tempo falando aos microfones e dando explicações sobre as suas decisões. Desde a última segunda, 1º de março, Mendanha já esteve na BandNews, na Terra FM, na Vinha FM e na Sagres. Até o final de semana, prestará declarações a mais 6 emissoras de rádio, que a sua assessoria de comunicação seleciona mediante critérios próprios de avaliação de audiência.

No anúncio do novo lockdown parcial em Aparecida e Goiânia, sábado passado, 27 de fevereiro, Gustavo Mendanha mostrava visível constrangimento, ao lado do prefeito Rogério Cruz e do governador Ronaldo Caiado. Ele só concordou com as medidas restritivas para rigorosas porque a situação do atendimento médico no município começou a se aproximar perigosamente de um ponto de colapso, com a superlotação de leitos de UTI e de enfermaria destinados ao tratamento de pacientes do novo coronavírus.

Considerado como um administrador popular, que foi reeleito com uma votação elevada, Mendanha não é afeito a ações que, mesmo beneficiando a população, possam causar insatisfações em uma ou outra faixa da sociedade. Daí a maratona de entrevistas radiofônicas, na tentativa de ocupar espaço e minimizar os efeitos negativos que o fechamento do comércio impõe a qualquer administrador público.

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