Editorial do Diário de Aparecida: Banco de Alimentos
Promessa de campanha à reeleição do prefeito Gustavo Mendanha, no ano passado, a criação do Banco de Alimentos de Aparecida de Goiânia ainda não saiu do papel. Enquanto isso, a população carente da cidade passa fome à espera de que o gestor municipal olhe e atenda essa parcela da sociedade.
À época, Mendanha afirmou que o município iria realizar parceria com os governos federal e estadual para garantir que benefícios de programas de transferência de renda chegassem às famílias em vulnerabilidade social no município. Só promessa! De acordo com a Prefeitura de Aparecida, o Banco de Alimentos segue em fase de montagem de processo para a construção das obras. Enquanto isso, a população carente sofre com a omissão do poder público.
Não se sabe ao certo, quantas famílias esperam por esse auxílio em Aparecida, porém, acredita-se que, como em todo país, o número de famílias em vulnerabilidade social tenha crescido no município. São pais que não têm o que dar de comer a seus filhos. São crianças que precisam de uma alimentação saudável e regular para o bom desenvolvimento.
A desigualdade em Aparecida não pode ser encarada por Mendanha apenas com o viés social. O problema vai além e produz um efeito cascata, espelhando-se sobretudo, na economia do município. Já que quanto mais famílias sem renda e dignidade, menor a rotatividade de capital no comércio local.
É preciso governar para todos. Atender ao empresário, ao comerciante, mas também suprir as demandas da parcela mais pobre e que precisa de um olhar atento de amor por parte do Poder Público. Não se pode usar a máquina pública para privilegiar alguns setores em detrimento de anseios políticos futuros.