Brasil

Editorial do Diário de Aparecida: Morte à espreita

Parece título de filme e é. Mas, na situação extrema em que o país chegou, dado ao descontrole das autoridades encarregadas de administrar a crise do novo coronavírus e o injustificado, não é mais exagero dizer que todos passamos a correr o risco de chegar às consequências mais fatais da Covid-19. A morte espreita em cada esquina e nos segue de perto.

A disseminação da nova doença segue desbragada, ceifando a vida de idosos, jovens e até de bebês. Do presidente da República, que deveria liderar a nação em um momento tão difícil, não resulta nada de sério para minimizar ou enfrentar os males da peste insidiosa. A maioria dos governadores, inclusive o de Goiás, o médico Ronaldo Caiado, se vira como pode e haverão de ser reconhecidos pela História. Infelizmente, nem todos os prefeitos se alinham com esses esforços nos municípios.

Em Goiânia, Aparecida e em várias cidades do Estado as UTIs estão lotadas, levando ao desespero as famílias com seus entes queridos contaminados. A vacinação segue lentamente, como consequência da imprevidência do governo federal, que não adquiriu doses à vontade quando essas eram ofertadas pelos laboratórios farmacêuticos e agora corre feito barata tonta em meio à escassez no mercado internacional. Remédio para o tratamento não há nenhum, apesar da irresponsabilidade dos que, como Jair Bolsonaro, continuam a prescrever cloroquina e outras garrafadas inócuas. 

O caos sanitário e médico chegou de vez para os brasileiros. Manaus já não é um caso isolado de crise, que agora ameaça se replicar por toda parte. Ninguém sabe onde vamos parar, mas há uma certeza: resistir e sobreviver só será possível se houver uma conscientização radical da sociedade, ainda que tardia, para enfrentar a praga.

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