Aparecida

Novos leitos abertos em Aparecida não zeram a fila de pacientes em espera

Dados de ontem, 11, das 11 horas do Painel Covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apontam que em Aparecida de Goiânia 193 pacientes aguardavam a transferência para leitos de internação voltados ao tratamento da doença, sendo 5 para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 188 para enfermarias. Na terça, 9, a prefeitura anunciou a criação de novos 106 leitos hospitalares para o enfrentamento da doença. Com as novas vagas, de acordo com o órgão, a cidade poderá ofertar um total de 320 leitos hospitalares para pessoas infectadas com o novo coronavírus que chegam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) precisando de internação.

O Estado de Goiás disponibiliza uma sala, composta por seis médicos, para administrar a ocupação de vagas nos hospitais da rede estadual. Este departamento faz parte do Complexo Regulador Estadual de Goiás (CRE), que fica localizado no Jardim Santo Antônio, em Goiânia. No local, ficam concentrados todos os pedidos de internação que chegam via sistema de internet. Durante o dia, os médicos reguladores analisam essas demandas vindas do interior e decidem a prioridade de quem vai receber a vaga em uma UTI. 

Entre os critérios adotados para definir a ordem da fila por internação estão o estado de saúde do paciente, as condições do local onde o doente aguarda a vaga e o tempo de espera. Ao O Popular, o diretor técnico do CRE, Madson Belim, explica que o sistema de saúde está super lotado e por conta disso há pacientes esperando por um leito hospitalar. “Mesmo a gente sabendo que houve um esforço do governo de aumentar o número de leitos (…), infelizmente é isso o que está acontecendo, e aconteceu, no mundo inteiro”, lamenta. 

Ele salienta que Goiás ainda não chegou ao ponto de ter de escolher o paciente mais jovem e com mais chance de sobreviver para ser atendido primeiro. Critério esse que chegou a ser utilizado no pior momento da pandemia na Itália. Contudo, ele frisa que há casos em que o paciente não pode ser transportado porque está muito grave e corre o risco de vida. A situação dos pacientes é atualizada várias vezes ao dia para que os médicos tenham uma noção mais real possível de como está a demanda naquele momento. Estar no pior momento da pandemia significa esperar mais vaga de internação. 

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