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Tucanos reclamam de Jânio Darrot e o acusam de “desertor” e “traidor”

Da Redação

O ex-prefeito de Trindade e ex-presidente estadual do PSDB Jânio Darrot é um dos 10 homens mais ricos de Goiás. Tem uma das maiores indústrias de confecções do país e opera confinamentos de mais de 20 mil bois em nove fazendas espalhadas por Goiás e Mato Grosso, algumas cinematográficas.

Foi porque já havia conquistado toda realização pessoal e financeira possível que ele resolveu ingressar na política, em busca de reconhecimento público e poder. No começo, a família foi contra, por entender que ele se exporia a desgastes desnecessários, mas depois concordou, tanto que sua mulher Dairdes Darrot tomou gosto e era quem tomava as principais decisões enquanto ele, Jânio, administrava Trindade. 

Os dissabores previstos pela família agora estão chegando em cascata. Os tucanos espalham que Darrot é um “traidor” e que “desertou” covardemente do partido, quebrando os seus fortes laços de amizade com o ex-governador Marconi Perillo. Pior: que bandeou-se para um partido, o Patriota, que é comandado em Goiás pelo ex-secretário da Fazenda e marqueteiro Jorcelino Braga, arqui-inimigo de Marconi.

Mas a estória contada por Jânio Darrot é outra. Durante anos, no PSDB, ele serviu de massa de manobra para os interesses do ex-governador Marconi Perillo, de quem foi aliado e amigo íntimo até que se cansou e resolver procurar seu próprio caminho, fugindo dos desgastes acumulados pelos tucanos em anos e anos de governos marcados por seguidos escândalos de corrupção. Não suportou mais gastar o seu tempo dando explicações sobre malfeitos que nem da sua responsabilidade seriam. E deixou de acreditar na hipótese de reconstrução do partido.

No Patriota, Jânio Darrot vai tentar a carreira solo que ele nunca teve oportunidade de buscar no PSDB. Mas, em um partido nanico, que depende da improvável filiação do presidente Jair Bolsonaro para crescer, é mais certo que vá dar com os burros n’água.

Foto: Arquivo

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