Caiado rebate Mabel e repudia
uso político da pandemia
Helton Lenine –
Em resposta à Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e ao seu presidente, Sandro Mabel, o governador Ronaldo Caiado (foto) divulgou nota repudiando o uso político da pandemia, principalmente num momento em que a crise sanitária atinge os piores índices desde sua chegada ao Brasil. “Mais de nove mil goianos já perderam a vida para a Covid-19 e é inadmissível que qualquer pessoa ou entidade procure fazer uso político dessa tragédia”, pontuou.
Imposto
O governador Ronaldo Caiado disse nas redes sociais que está descartado qualquer aumento de alíquota de ICMS sobre combustíveis em Goiás. “Eu desautorizo qualquer aumento de ICMS em Goiás. Ainda mais durante um período tão difícil vivido por nossos trabalhadores. Aqui não vai ter”, garantiu.
Imposto II
A manifestação do governador goiano se deu depois de matéria do jornal Folha de S.Paulo, replicada em vários jornais locais, intitulada “Após a Isenção de Impostos Federais, 18 Estados e DF aumentam ICMS sobre o diesel”, publicada no último sábado, 13.
Ato isolado
Gustavo Mendanha (MDB) decidiu aplicar suas próprias medidas de isolamento social e não acompanhar as decretadas pela maioria dos municípios da região metropolitana, inclusive Goiânia.
Desobediência
É consenso que a decisão de Gustavo Mendanha vai dificultar ainda mais o cumprimento do decreto da Capital, uma vez que, ao ficar aberta em sua maior parte, Aparecida poderá induzir o goianiense à desobediência, além de provocar um inevitável deslocamento de pessoas entre as regiões conurbadas dos dois municípios.
Fracasso
A não uniformidade das medidas entre os dois principais municípios da RMG pode contribuir para o fracasso das ações que visam diminuir o contágio da Covid-19 e reduzir o número de internações e mortes.
Colapso
Aparecida de Goiânia tem hoje uma taxa de óbitos por Covid-19 perto de 140 mortes/100 mil habitantes e a ocupação de leitos chegou aos 100%.
Goiás em destaque
Depois de Iris Rezende, Henrique Santillo, Lázaro Barboza, Alfredo Nasser, Flávio Peixoto, Henrique Meirelles e Alexandre Baldy, agora foi a médica anapolina Ludhmila Hajjar quem colocou Goiás em destaque na política nacional.
Não aceitou
Por não concordar com as ideias do presidente Jair Bolsonaro, Ludhmila Hajjar não aceitou ocupar o cargo de ministra da Saúde.
“Faz parte”
Sobre as ameaças que Ludhmila Hajjar sofreu durante permanência em um hotel de Brasília, Jair Bolsonaro respondeu: “Faz parte.”
Auxílio
O Congresso Nacional confirmou o auxílio emergencial por quatro meses aos trabalhadores, no valor de R$ 250,00, a partir de março.
Ação política
Nos bastidores, o senso geral é que Gustavo Mendanha (MDB) faz uma jogada política, mas ninguém tem certeza se ele avaliou de fato os riscos de apostar numa medida diversa dos demais municípios da Região Metropolitana de Goiânia.
Custo elevado
O custo dessa aposta do prefeito aparecidense é elevadíssimo, já que se trata de vidas que podem se perder, caso as medidas para conter a pandemia fracassem.
Cruz e Daniel: afastamento do Republicanos e MDB
A pressão da Igreja Universal do Reino de Deus por cargos na Prefeitura de Goiânia vai provocar o afastamento do Republicanos e MDB, aliança que começou em 2018. Cruz deverá demitir secretários indicados por Maguito e Daniel Vilela, o que, certamente, vai abalar a relação entre as duas legendas, com repercussão nas eleições de 2022.
RESUMO
A Assembleia Legislativa realiza, a partir de hoje, sessões extraordinárias remotas para votação de projetos enviados pelo governador Ronaldo Caiado, entre eles, a renegociação de dívidas do Estado com a União.
Prefeitos devem elaborar chapa de consenso para a nova diretoria da Associação Goiana de Municípios (AGM) para as eleições do próximo dia 25, evitando disputa para a presidência.
À exceção de um ou de outro, os partidos que apoiaram a reeleição de Gustavo Mendanha, em 2020, estão abrigados na Prefeitura de Aparecida de Goiânia. São quase 20 legendas.
Com o agravamento da pandemia da Covid-19, os partidos e pré-candidatos a deputado federal e a estadual em Aparecida de Goiânia evitam movimentação no interior neste semestre. Marlúcio Pereira (foto), por exemplo, está focado na ação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
