Marketing da “Cidade Inteligente” esconde a realidade de Aparecida
Na campanha para a prefeitura de Goiânia, antes de ser internado para tentar a superar o ataque da Covid-19, o então candidato do MDB Maguito Vilela fez o compromisso de levar para a capital o projeto “Cidade Inteligente” que supostamente teria sido implantado com sucesso, em Aparecida, por Gustavo Mendanha.
Com a morte de Maguito Vilela, o vice Rogério Cruz, depois de assumir como prefeito, não tocou mais no assunto. Cruz chegou a dizer, na visita que fez a Mendanha, que ficou “motivado” com o que viu no Centro de Inteligência Tecnológica de Aparecida, onde são processados os dados das câmaras espalhadas pela cidade.
No papel, o programa prevê uso da tecnologia na administração pública para desonerar o erário, universalizar o acesso da população aos serviços públicos e aumentar a conectividade na cidade. Na prática, isso está longe da realidade em Aparecida.
O que existe é o que Gustavo Mendanha apresentou a Rogério Cruz: o sistema “Olhos de Águia”, único braço de tecnologia avançada em Aparecida e que funciona na captação de imagens que ajudam na segurança pública. O prefeito aparecidense vende a ideia de que as 650 câmeras que monitoram os locais mais movimentados da cidade configuram o projeto “Cidade Inteligente”.
Não é bem assim. Na verdade, as críticas a Mendanha sugerem que a propaganda sobre a “Cidade Inteligente” não passa de marketing promocional, que não corresponde à realidade de um município com problemas graves de infraestrutura, principalmente nos bairros, e onde milhares de criança não têm acesso à Educação Infantil através dos CMEIs. (HL)