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Guardas Civis estão acampados em frente a prefeitura e prometem não sair por justiça salarial

“Não temos previsão de sair até a manifestação justa por parte da gestão pública”, asseverou o agente Prudente

Ana Paula Arantes

 

Desde às 6h da manhã de ontem, 3 de janeiro, 10 barracas montadas pelos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) estão acampadas na porta da Cidade Administrativa, prédio que hospeda a prefeitura de Aparecida e as principais secretarias da gestão do município. Ao Diário de Aparecida, Cléber de Moura Prudente, conhecido como GCM Prudente disse que a categoria busca respostas plausíveis do plano de cargos e salários.

 

“Se a prefeitura tiver uma proposta real de benefício para o servidor público, que então seja repassada para as nossas entidades classistas e estes tragam para nós a proposta que se for satisfatória, levantamos acampamento e desocupamos o pátio. Fora isso, não temos previsão de sair até a manifestação justa gestão pública”, asseverou o GCM Prudente.

 

Prudente relembrou que foi anunciado em lives e entrevistas pelo prefeito Gustavo Mendanha o pagamento da data-base em 9,94%. Desse modo, uma das indignações é que a porcentagem é inferior a do governo federal que está em 10%. Ou seja, o que vai valer é o do governo federal e não o que a data-base de 9,94% que o prefeito anunciou.

 

“O prefeito falou que deu alguma coisa e não deu nada. Ele fez fake news como se fosse dar um aumento de 10%, só que esse aumento inexiste. Como nós recebemos um salário mínimo que serve como base de cálculo para todos os nossos vencimentos, os 9,94% anunciados pelo prefeito não alcança o total do salário mínimo de 1.210 reais, então o prefeito não deu nada só fez propaganda”, pontuou, Prudente. Os guardas civis que aderiram a manifestação não paralisaram seus serviços. A ação está sendo mantida por revezamento, pois não é uma paralisação.

“Última reunião com o secretário de Finanças, André Rosa, ficou muito vaga”

O presidente da Associação dos Guardas Civis do Estado de Goiás (AGC-GO), Comandante, Jeferson Monteiro Santana, explicou ao Diário de Aparecida que a tropa da Guarda Civil de Aparecida que está na manifestação não tem ligação com nenhuma entidade classista, porém não deixam de serem apoiados pelas associações.

Santana explicou que o receio dos guardas é que o aumento de 9,94% dito pela gestão municipal venha sob a tabela da guarda que está defasada, porque se isso acontecer, não terá efeito positivo, pois alguns servidores não receberão nem o salário mínimo com o reajuste.

“A última reunião que tivemos com o secretário de Finanças, André Rosa, ficou muito vaga. Ele só falou que o nosso aumento não seria dentro do nosso básico que o salário mínimo, mas dentro do plano de carreira. Disse também que a porcentagem faz os ajustes conforme a lei é a Secretaria Municipal de Administração, no qual eu como presidente da AGC-GO, e o Egídio presidente do  SINDGUARDAS marcamos uma reunião no dia 7, sexta-feira agora, às 10 horas da manhã, com o secretário de Administração para tratar em como seria implantada essa porcentagem dentro do plano de carreira”, disse o Comandante Santana.

Segundo Santana, os guardas civis não quiseram esperar pela reunião e montaram um acampamento em frente a prefeitura de Aparecida. Ele enfatizou que a AGC-GO não está à frente da manifestação, mas sim a tropa que está insatisfeita. (A.P.A.)

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