Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: 100 dias

Os prefeitos das duas cidades mais populosas do Estado – Rogério Cruz, em Goiânia, e Gustavo Mendanha, em Aparecida – acabam de completar 100 dias dos seus respectivos mandatos, no caso de Mendanha o segundo. Uma avaliação do que foi esse período para cada um é importante, portanto, para que se estabeleçam as expectativas que os moradores de ambos os municípios podem alimentar em relação ao que vem por aí em termos de respostas aos desafios colocados por cada um desses centros urbanos.


Um balanço dos 100 primeiros dias mostra que Rogério Cruz surpreendeu ao cumprir com rapidez as duas principais promessas da campanha que fez como vice de Maguito Vilela, que, infelizmente, perdeu a vida para a Covid-19 e abriu espaço para a sua posse no comando do Paço Municipal. Trata-se do IPTU Social e do Renda Família, programas que já estão funcionando a todo vapor na Capital, a favor das famílias em situação de vulnerabilidade.

Além disso, mesmo passando por uma crise política diante do rompimento do MDB com a sua administração, Rogério Cruz já implantou as premissas que vão orientar o seu governo, que se prepara agora para atacar as obras de infraestrutura deixadas inacabadas por Iris Rezende – cuja conclusão também foi compromisso da chapa liderada por Maguito e aprovada pelo eleitorado goianiense.


Não se pode dizer o mesmo de Gustavo Mendanha. Ao fim dos seus 100 dias iniciais de gestão, o prefeito de Aparecida tem as mãos vazias. Não levou a cabo nenhum dos projetos que anunciou quando pedia votos para o 2º mandato, como, por exemplo, o Banco de Alimentos, de caráter social, ou o início da construção dos eixos viários Leste-Oeste, que sequer têm projetos de engenharia prontos. Outro ponto forte que integrava o discurso de Mendanha era a atração de empresas para gerar empregos e renda para os aparecidenses, mas nem uma única reunião com empresários aconteceu na Cidade Administrativa – pelo contrário, o que aconteceu foi a desistência de investimentos de peso, como o do Guaraná Mineiro, que não mais virá para a cidade. Caminhamos para trás.


A comparação entre Rogério Cruz e Gustavo Mendanha, definitivamente, não é favorável ao segundo. A distância entre um e outro é abismal, em prejuízo, infelizmente, do povo de Aparecida.

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