Aparecida

Desgastes atingem o prefeito e o secretário, que é candidato

As reclamações de moradores de Aparecida quanto à conservação urbana da cidade começaram a se acumular no Diário de Aparecida desde o mês de março, quando se multiplicaram as ocorrências de erosões causadas pela chuva, matagal se espalhando pelos lotes baldios e acúmulo de lixo e detritos nas ruas e avenidas, sem nenhuma reação da prefeitura.
Em 2020, ano eleitoral, quando o prefeito Gustavo Mendanha buscava o 2º mandato, Aparecida parecia um brinco, como se diz na linguagem popular. Caminhões e máquinas da prefeitura circulavam 24 horas por dia, mantendo limpos os logradouros públicos e recolhendo imediatamente qualquer sujeira deixada nas calçadas. Pintura de faixas e renovação da sinalização, troca de lâmpadas queimadas e poda de árvores funcionavam a todo vapor. Nada ficava fora do lugar.
Em 2021, tudo mudou. Com Mendanha reeleito, a prefeitura não teve como adiar o impacto da queda na arrecadação de impostos decorrente da desaceleração da economia diante da crise do coronavírus. Para piorar as coisas, o Orçamento 2021 da União demorou a ser aprovado pelo Congresso e não foi sancionado até hoje pelo presidente Jair Bolsonaro, diante de dúvidas graves sobre a sua legalidade, impedindo que os repasses federais cheguem aos municípios. Aparecida ficou na tanga, para usar outra expressão comum entre o povão.
Não é só Gustavo Mendanha que sofre desgastes com o visual deteriorado que Aparecida mostra hoje e com a insatisfação dos moradores. O secretário de Desenvolvimento, Max Menezes, também é atingido. Mendanha já foi reeleito e tem mandato até 2024. Menezes é candidato a deputado estadual nas eleições do ano que vem, pelo MDB, e precisa manter a imagem incólume, para não perder votos e apoio. O estado geral das ruas e avenidas de Aparecida repercute diretamente na sua campanha, que, na prática, já está caminhando, apesar da distância de mais de ano e meio daqui até o pleito.

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