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Quem vai ser candidato ao Senado na chapa de Caiado?

Com apenas uma vaga em disputa para o Senado às eleições do ano que vem, os partidos já se movimentam para buscar espaço e lançar nomes, preferencialmente, na chapa a ser encabeçada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), que vai concorrer à reeleição.
A disputa é acirrada porque são muitos os pretendentes, mas o processo vai afunilar a partir de abril e terá seu desfecho em agosto, período das convenções. Até lá o debate será intenso, com as articulações internas nos bastidores dos partidos ganhando cada vez mais força.
Há quem diga, nos bastidores da base governista, que os favoritos para ocupar a única vaga senatorial na chapa de Ronaldo Caiado são Iris Rezende (MDB), João Campos (Republicanos) e Henrique Meirelles (PSD). Mas é cedo para se afirmar isso.
O DEM de Ronaldo Caiado também tem um pré-candidato ao Senado: o médico Zacharias Calil, atual deputado federal. Ele sabe que são remotas as chances de virar candidato a senador no Democratas, porque o partido dificilmente lançará dois candidatos majoritários na chapa. Nos bastidores, admite-se que Zacharias Calil poderia buscar outra legenda para concorrer ao cargo majoritário.
O MDB, que foi aliado de Caiado em 2014, quando o democrata se elegeu para o Senado, e seu adversário nas eleições para o governo de Goiás em 2018, agora dá sinais de aproximação com o Palácio das Esmeraldas, admitindo aliança majoritária nas eleições de 2022. Os emedebistas contam, em tese, com dois nomes para apresentar na disputa ao Senado, em coligação com o DEM: Iris Rezende e Daniel Vilela.
Até agora, Iris Rezende não se movimenta como pré-candidato a senador, mesmo porque anunciou, em novembro do ano passado, que havia encerrado a sua longeva carreira política, que inclui quatro mandatos de prefeito de Goiânia, dois de governador, um de senador, um de deputado estadual e um de vereador, além de ter comandado os ministérios de Agricultura e de Justiça.
O ex-deputado federal Daniel Vilela também não sinaliza intenção de concorrer ao Senado, mas está aberto a conversações para a disputa eleitoral de 2022. Nos bastidores, dizem que o mais seguro para o filho de Maguito seria retornar à Câmara Federal, já que não pode mais continuar sem mandato.
O deputado federal João Campos, presidente do Republicanos em Goiás, ganha força na sua pretensão de concorrer ao Senado em razão, principalmente, do apoio que tem da direção nacional e do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. Além disso, Campos pertence a um segmento religioso – ele é pastor da Igreja Assembleia de Deus –, e conta com respaldo da Universal do Reino de Deus.
O goiano Henrique Meirelles (ele nasceu em Anápolis) surpreendeu o meio político, em fevereiro deste ano, ao anunciar a sua pré-candidatura ao Senado da República por Goiás, defendendo, inclusive, aliança do seu partido, o PSD, com o DEM, em apoio à reeleição de Caiado. Meirelles conta, no PSD, com o incentivo do senador Vanderlan Cardoso e do deputado federal Francisco Júnior.
O ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades Alexandre Baldy, presidente estadual do Progressistas, chegou a sonhar com uma candidatura ao Senado, mas o seu projeto eleitoral se enfraqueceu após ser denunciado pelo Ministério Público Federal por prática de corrupção em processo no Rio de Janeiro envolvendo a área de Saúde, tendo sido, inclusive, preso pela Polícia Federal.

Governador foca na pandemia e adia debate sobre o pleito do ano que vem

O governador Ronaldo Caiado não vai antecipar o debate e, muito menos, as definições sobre candidaturas a vice-governador e a senador em sua chapa ao pleito do ano que vem. Mesmo porque está focado no combate à pandemia de Covid-19 e na execução de seu plano de obras nestes dois anos finais de sua gestão.
O governador sabe, entretanto, que o cenário é amplamente favorável à sua campanha para novo mandato ao Palácio das Esmeraldas e, também, por contar, em sua base eleitoral, com nomes competitivos para a corrida à única vaga ao Senado.
De acordo com interlocutores de Caiado, as conversações para a formatação de chapa majoritária só começarão a partir de janeiro do ano que vem, se intensificando em abril, com definição em agosto, período de realização das convenções partidárias.
Até lá, parecem inconvenientes tratativas sobre objetivos eleitorais, incompatíveis com o momento de gravidade que o País e o Estado passam em razão da 2ª onda da Covid-19. É seguro afirmar que, pelo menos neste ano, Caiado não adiantará conversações ou até mesmo a formação de alianças para a sua reeleição.

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