Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Novamente em calamidade

A região Centro Sul de Saúde do Estado, com sede em Aparecida de Goiânia, voltou para a situação de calamidade no mapa de risco do Painel da Covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). A atualização foi feita ontem, 5. No mapa do dia 23 de abril, essa região estava em situação crítica, um cenário intermediário entre as três classificações da pasta.
Com base nas informações da SES-GO, a média de mortes diárias pelo novo coronavírus em Aparecida no mês de abril foi de 7,9, um pouco menor do que em março, quando foram registradas 8,3 mortes por dia. Ainda no mês passado, a SMS de Aparecida de Goiânia comprovou três casos de reinfecção pela Covid-19. Segundo a pasta, os pacientes tiveram a doença duas vezes em um intervalo superior a 90 dias.
Conforme noticiamos, a média diária de mortes chegou a 8,3 e não é por acaso. O município registrou 239 óbitos em decorrência da Covid-19 no mês de março deste ano, e a pandemia se agravou. Cenas de aglomerações na cidade foram cada vez mais comuns, ao passo que pontos comerciais aparecidenses e feiras livres funcionam livremente. Tudo isso devido à implantação equivocada do modelo de zoneamento por macrozonas na cidade.
O Diário de Aparecida volta a reforçar seu compromisso com a sociedade e com a vida, relembrando que a pandemia da Covid-19 ainda não acabou. Que o Brasil ainda enfrenta a pior crise de sua história. Já são mais de 411 mil mortes pela doença. Falta infraestrutura nas unidades de Saúde. Falta robustez no SUS, que hoje só temos a certeza de que conta com profissionais empenhados e comprometidos em salvar vidas, mesmo sem o mínimo e digno suporte necessário. Falta vacina.
Falta compromisso público dos governantes para com a sociedade e, sobretudo, da própria sociedade com ela mesma. De cada um de nós com o outro, independente se somos próximos ou não. Faltam consciência e respeito. Façamos todos a nossa parte. A pandemia pode até ser que um dia passe e que a normalidade retorne, já as vidas ceifadas por ela, não.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo