OS DESAFIOS DO CENTENÁRIO
Aparecida é um município em busca de afirmação e de solução para os grandes desafios que incomodam a sua população e o seu futuro. A cidade evoluiu muito desde os tempos pioneiros, mas ainda guarda problemas graves que aguardam eternamente por solução: a falta de infraestrutura nos bairros, a carência crônica de vagas para os alunos em idade de receber a Educação Infantil e a fome que ainda atormenta as famílias mais vulneráveis são apenas alguns deles.
Ao se aproximar do centenário, tudo isso cresce em importância. Aparecida tem hoje um parque industrial que emprega milhares de trabalhadores e gera renda a ponto de sustentar a sua colocação como 3º maior PIB municipal do Estado, nos calcanhares de Anápolis, o 2º (Goiânia é o 1º). Mas o crescimento contínuo dos últimos anos está ameaçado. Investimentos empresariais foram suspensos com o advento da pandemia do novo coronavírus, muitos simplesmente cancelados, como a vinda do Guaraná Mineiro e a construção do Polo Aeronáutico Antares, grandes propostas da iniciativa privada que levariam a um salto na economia, mas acabaram fora de questão.
Nas próximas páginas, o Diário de Aparecida lista seis dos maiores desafios que Aparecida enfrenta, em um momento em que a prefeitura municipal passa por uma desorientação – com a falta de rumo do 2º mandato de Gustavo Mendanha. O prefeito só pensa em viabilizar a sua candidatura a governador ou a vice e parece entediado com a gestão, pouco aparecendo para trabalhar no seu gabinete na Cidade Administrativa e gastando tempo precioso atrás de contatos políticos em regiões longínquas do Estado.
A fome, a falta de asfalto nos bairros, a Educação sem condições de abrigar as crianças aparecidenses são apenas alguns dos desafios hoje colocados para o segundo município mais populoso do Estado. Felizmente, há notícias alvissareiras no front da segurança pública. Aparecida, onde a violência e a criminalidade corriam soltas no passado, agora se transformou em uma cidade segura, onde os moradores podem desfrutar da paz social garantida pela ação enérgica e eficaz das polícias Civil e Militar e da prioridade que o governo do Estado, na gestão de Ronaldo Caiado, adotou para as aparecidenses e os aparecidenses.
São 600 mil habitantes, atualmente. Uma população que cresce sem parar, mas que, sob a pandemia do novo coronavírus e a falta de reação da prefeitura, enfrenta agora mais dificuldades do que no passado. O momento do centenário, assim, será a oportunidade para uma reavaliação da postura arrogante dos gestores municipais e da retomada de alguma humildade e consciência de que trabalhar pelo conjunto da sociedade exige menos marketing e mais ação.