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Caiado, Iris e Daniel Vilela: eleições só devem ser articuladas em 2022

O governador Ronaldo Caiado, o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende e o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, têm uma posição comum: é cedo para a deflagração de articulações com vistas às eleições de 2022, que só devem ser articuladas a partir do 1º semestre do ano que vem.

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, diverge desse entendimento. Tanto é que já saiu a campo, abandonando o seu gabinete para viajar pelo interior atrás de prefeitos e vereadores para discutir as próximas eleições e defender o lançamento de um candidato próprio do MDB ao governo do Estado.

O impacto da pandemia do novo coronavírus é um dos fatores que mais pesam para o adiamento da movimentação pré-eleitoral para 2022. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, tem sido muito criticado por desenvolver uma agenda de viagens pelo País com o nítido propósito de fazer proselitismo e angariar votos, quando deveria estar focado no combate à Covid-19 – que já ceifou a vida de mais de 460 mil brasileiros.

Em Aparecida, não é diferente: o número de mortes, em pouco mais de um ano, já está chegando a 1.300 ou quase 100 vidas perdidas a cada mês. Essa tragédia tem merecido pouca atenção de Mendanha, que terceirizou as decisões sobre o enfrentamento à doença para um comitê multidisciplinar formado pela prefeitura com maioria de empresários na sua composição.

Caiado é enfático quanto à inconveniência de fazer política em um momento como o atual. A mesma convicção é compartilhada por Daniel Vilela, que, na semana passada, voltou a repetir que o MDB só vai se posicionar a partir do início de 2022. E Iris Rezende, que recebeu Mendanha em seu gabinete há duas semanas (aliás, em horário de expediente na Prefeitura de Aparecida), também externou a necessidade de evitar, agora, quaisquer definições quanto às próximas eleições.

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