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Destino do presidente é voltar a se filiar ao PSL

Em negociação para retornar ao PSL, partido pelo qual se elegeu em 2018, o presidente Jair Bolsonaro colocou o fim de maio como prazo para definir seu futuro político. “Já estou atrasado. Não tenho outro partido, espero que se resolva logo”, afirmou ele em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada neste início de semana. Ele já “namorou” o Republicanos, Avante, Progressistas e PTB.

Tudo caminhava para Jair Bolsonaro se filiar ao Patriota, pois o próprio filho, senador Flávio Bolsonaro, se antecipou e ingressou no partido, mas a crise interna inviabilizou o acerto com o presidente. Ele precisa de uma legenda para concorrer à reeleição em outubro de 2022. Na avaliação do deputado federal delegado Waldir Soares, presidente do PSL de Goiás, o presidente Bolsonaro precisa de um partido com estrutura em relação ao fundo partidário e o tempo de televisão para concorrer à eleição presidencial com Lula. “Acredito que o PSL hoje é a noiva mais cobiçada pelos candidatos, considerando que essa noiva tem um bom dote. Nesse cenário, com a candidatura forte que é a do Lula, o presidente vai precisar de um partido com estrutura, porque se não tiver, com certeza ele terá grandes dificuldades para se reeleger”, afirmou o deputado.

Bolsonaro deixou o PSL em novembro de 2019, após desavenças com o presidente da sigla, o deputado Luciano Bivar (PE). O principal motivo foi o controle do cofre da legenda, que se tornou uma superpotência partidária ao eleger 54 deputados, quatro senadores e três governadores na esteira do bolsonarismo. Com isso, a ex-sigla do presidente passou a ter a maior fatia dos recursos públicos destinados a partidos políticos, que este ano chega a de R$ 103,2 milhões.

Durante toda a sua carreira de 28 anos como deputado do baixo clero da Câmara, Bolsonaro passou por várias siglas – oito, desconsideradas as fusões entre elas. Se consideradas, quatro: PDC, PPR, PPB e PP, frutos de fusões e mudanças de nome, além de PTB, PFL (hoje DEM), PSC e PSL. O prazo para que ele se filie a uma nova sigla é o final de março de 2022, seis meses antes da disputa presidencial. (H.L.)

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