Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Falta de educação

Uma tradição que já havia se incorporado à política de Aparecida, cultivada durante décadas, foi rompida esta semana, quando o prefeito Gustavo Mendanha se recusou a receber a mais alta autoridade do Estado – o governador Ronaldo Caiado – em uma visita para anunciar obras e benefícios para a educação no município.

Até hoje, desde a época em que figuras históricas como Tanner de Melo, Elmar Arantes, Freud de Melo, Norberto Teixeira, Ademir Menezes, José Macedo e Maguito Vilela passaram pela prefeitura, o costume vigente era colocar as diferenças políticas e partidárias de lado para preservar a satisfação dos interesses da população.

Estiveram em Aparecida, nessas gestões, não só governadores de Estado, como secretários, ministros e até presidentes da República, todos muito bem acolhidos, quaisquer que fossem as suas posições, em nome da civilidade e do espírito republicano que deve marcar as relações entre os homens – de bem – que têm papel relevante no desenvolvimento de políticas públicas.

Divergências sempre foram esquecidas, em Aparecida, diante da importância da consolidação de parcerias administrativas capazes de resultar em frutos para todos os aparecidenses e todas as aparecidenses. Maguito Vilela, prefeito por dois mandatos imediatamente anteriores ao de Gustavo Mendanha, foi um mestre na arte da cordialidade mesmo com antagonistas, como ficou claro nas dezenas de vezes em que recebeu – com polidez e esmero – o então governador do Estado Marconi Perillo, quando um integrava o MDB e o outro o PSDB, legendas opositoras em Goiás.

Envergonhando Aparecida, o atual prefeito não tratou o governador com o respeito que é devido à sua pessoa e ao seu cargo. Não apareceu na solenidade de anúncio de investimentos para as escolas estaduais e, lamentavelmente, ainda desdenhou das realizações do governo estadual, sugerindo que os recursos aplicados no município não passam de obrigação. E, sim, são obrigação, mesmo. Que Ronaldo Caiado, zelosamente, cumpriu, enquanto Gustavo Mendanha mais uma vez fugiu das suas responsabilidades.

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