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PSDB perde Chiquinho, que vai para a base de Caiado na Assembleia

“Sempre fui leal aos meus princípios e a Goiás.” É o que diz o deputado estadual Francisco Oliveira, conhecido como Chiquinho, ao anunciar voto favorável ao projeto do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) que tramita na Assembleia Legislativa e é considerado vital pelo governador para o ajuste das finanças do governo do Estado.

A surpresa é que Chiquinho, até agora, era filiado ao PSDB goiano e considerado como íntimo do ex-governador Marconi Perillo. Para evitar complicações jurídicas que podem levar à perda do seu mandato, o deputado assumirá inicialmente uma posição de independência, mas, no ano que vem, quando se abrir a janela para as transferências partidárias, irá se filiar ao DEM.

Mas há uma hipótese para a antecipação da filiação de Chiquinho: como o diretório estadual do PSDB recomendou oficialmente o voto contra a adesão ao RRF, ele seria expulso caso aprovasse o projeto, o que permitiria a sua filiação ao DEM sem qualquer risco para o seu mandato.

No momento, cinco deputados formam a bancada tucana na Assembleia Legislativa: além de Francisco de Oliveira, são do PSDB Gustavo Sebba, Helio de Souza, Lêda Borges e Talles Barreto. A articulação política do Palácio das Esmeraldas busca apoio junto aos deputados para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o teto de gastos do Estado e o projeto de lei que permite a adesão de Goiás ao RRF – e tem conversado com os parlamentares do PSDB.

Francisco Oliveira lembra que seu apoio aos governos de Marconi Perillo, na época, se deu por influência do então deputado federal Ronaldo Caiado. “Em 2019 joguei todo o meu prestígio político para ajudar Caiado na votação do Produzir e revogação da anistia do IPVA. Pela amizade que sempre tivemos. Ajudei a criar uma receita extra de R$ 1,7 bi para o Estado. Na verdade, não estou indo. Estou voltando”, explicou.

O deputado assegura que chega à base de Caiado pela porta da frente e de cabeça erguida, pois tem amizade sincera com o governador e a primeira-dama Gracinha Caiado, que sempre foram seus amigos. “Já na campanha, Caiado me chamou para caminhar com sua candidatura. Mas eu era líder do governo da época e não havia ambiente. Mesmo sabendo que nosso candidato, José Eliton, iria perder, fiquei firme.” Francisco assegura que sua posição visa o melhor para os goianos. “Sempre consulto minhas bases e voto de acordo com o que percebo ser melhor para o progresso e desenvolvimento de Goiás”, enfatiza.

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