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Daniel e Iris vão a Caiado discutir aliança do MDB e DEM para 2022

O ex-deputado federal Daniel Vilela, presidente estadual do MDB, e o ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende deverão se encontrar nos próximos dias com o governador Ronaldo Caiado para tratar da aliança do partido com o DEM visando as eleições de 2022. A expectativa dos emedebistas, nessa conversa, é avançar nas tratativas que visam assegurar o apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado e, também, a presença do MDB na chapa majoritária com candidatura ao Senado.

Três nomes do MDB são cogitados para uma disputa ao Senado, em aliança com o Democratas: Iris Rezende, Daniel Vilela e o senador Luiz do Carmo. Daniel, Iris e Luiz do Carmo têm preferência pela candidatura de Ronaldo Caiado em 2022 por vários motivos, sendo o principal deles: o governo estadual está bem avaliado pela população goiana, o que abre caminho para a reeleição do democrata.

A partir da internação de seu pai, Maguito Vilela, ano passado, devido à Covid-19, que culminou com a morte do ex-prefeito e ex-governador, Daniel Vilela abriu diálogo com o governador Ronaldo Caiado. O dirigente emedebista abandonou, desde então, o discurso radical do MDB em relação ao Governo Caiado. Os dois já tiveram mais de cinco conversas reservadas no Palácio das Esmeraldas. E, pelo que se apurou, a aliança do MDB com o DEM esteve no cardápio.

Já o ex-prefeito Iris Rezende tem convivência harmônica e respeitosa com Ronaldo Caiado desde 2014, quando ambos disputaram as eleições na mesma chapa majoritária, com o primeiro disputando o governo de Goiás e o segundo, a vaga ao Senado da República. Eleito prefeito de Goiânia, Iris Rezende realizou parcerias administrativas com o Estado, mantendo a boa e estreita relação política com o governador.

Ano passado, quando decidiu não concorrer ao quinto mandato de prefeito de Goiânia, Iris surpreendeu ao dizer, em entrevista ao jornal O Popular, que Ronaldo Caiado merece ser reeleito pelo “trabalho que realiza em Goiás”. Mesmo como cidadão, já que está afastado da militância partidária diária e orgânica, Iris Rezende pretende percorrer os municípios goianos, ano que vem, para pedir votos à reeleição do governador Ronaldo Caiado.

Em conversas com jornalistas, Daniel Vilela explicou que não pretende concorrer ao Palácio das Esmeraldas em 2022, adiantou esse projeto para 2026, e que a sua intenção é retornar à Câmara Federal. Seu nome é lembrado para figurar como candidato a vice-governador ou mesmo ao Senado na eventual aliança MDB/DEM.

Bases rejeitam candidato próprio e recusam aliança com o PSDB de Marconi

Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e dirigentes de diretórios municipais do MDB têm manifestado ao presidente Daniel Vilela o desejo de ver o partido aliado ao DEM em apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado. Os líderes emedebistas querem, também, um membro do partido na chapa majoritária: vice-governador ou senador.

Dos 29 prefeitos eleitos pelo MDB no ano passado, pelo menos cinco já se desfiliaram da legenda para ingressar no DEM e garantir participação na campanha pela reeleição do governador. Os demais admitem permanecer no partido, desde que haja apoio ao governo. Caso, por exemplo, de Pábio Mossoró, prefeito de Valparaíso de Goiás: “Vou ficar no MDB, mas estarei no palanque de Ronaldo Caiado em 2022.”

A movimentação de Paulo Cezar Martins e de Gustavo Mendanha, em defesa de candidatura própria do MDB ao Palácio das Esmeraldas, não tem respaldo da maioria esmagadora dos líderes municipais do partido. A rejeição aumenta quando Paulo Cezar e Gustavo Mendanha dizem que o MDB estará unido ao PSDB do ex-governador Marconi Perillo, no caso de a candidatura própria for aprovada pela convenção partidária.

Os prefeitos e lideranças municipais lembram que os emedebistas estiveram, por 20 anos, sob o chicote do PSDB, com perseguições, intimidações, exonerações e todo tipo de violência política, atingindo familiares, amigos e militantes nos 246 municípios goianos. “O MDB autêntico não esquece esse ambiente de truculência que o PSDB marconista estabeleceu durante os seus governos”, diz o ex-prefeito de Bom Jardim de Goiás e ex-presidente estadual do partido Nailton de Oliveira.

Oportunismo
As lideranças municipais do MDB criticam o comportamento “desagregador” do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que, à revelia das orientações de Iris Rezende e de Daniel Vilela, abre conversações com o PSDB marconista e outros setores da oposição. Para os emedebistas experientes, Mendanha deve fazer o “dever de casa”, ou seja, firmar-se como prefeito da segunda maior cidade do Estado para, em 2016, apresentar-se como pré-candidato a governador.

Os prefeitos, vereadores e dirigentes municipais do partido não poupam de críticas o deputado estadual Paulo Cezar Martins, que, na opinião deles, só aparece nas cidades em véspera de eleições para “tumultuar e dividir o MDB”, sempre colocando os seus projetos pessoais acima dos coletivos e partidários.

Alegam os emedebistas que, após décadas fora do poder em Goiás, o governador Ronaldo Caiado abre a possibilidade de o partido crescer, eleger bancadas federal e estadual e participar da administração, a partir de janeiro de 2023. Alegam ainda que o MDB, mais uma vez, não tem competitividade para a corrida ao Palácio das Esmeraldas e que, portanto, o sensato é aliar-se ao DEM caiadista. (H.L.)

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