Trabalhadores municipais da saúde cobram reposição salarial em carreata pela cidade
Uma concentração de cerca de 150 profissionais da saúde municipal partiu do antigo Cais do Garavelo na manhã da última sexta-feira, 11, para dar início a uma carreata que percorreu toda a Avenida Igualdade. O objetivo da ação foi chamar a atenção das autoridades municipais e da sociedade para a luta da categoria, que perdura desde 2019, por reposições salariais respaldadas nos direitos constitucionais.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindSaúde), uma das surpresas foi o apoio da população e a escolta dos agentes da segurança pública. As frequentes mobilizações dos trabalhadores, que geralmente ocorrem após reuniões com os secretários municipais, têm despertado a atenção dos aparecidenses, que abordam os manifestantes para saber o motivo dos atos.
Direitos
Entre as reivindicações dos servidores estão o pagamento da data-base de 2020 (2,76%), data-base de 2021, progressão de carreira (2%), piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE), além do cumprimento da proporcionalidade salarial entre níveis, prevista em lei, instituição do plano de carreira para motorista de ambulância e servidores administrativos, abertura de editais de concursos públicos e melhores condições de trabalho.
Profissionais não pretendem desistir, mesmo sob coação
Ao Diário de Aparecida, a secretária- geral do SindSaúde, Flaviana Alves, falou que a carreata atraiu a atenção das pessoas, que ocuparam a porta dos comércios. Segundo ela, está pré-agendado para o próximo dia 24 um novo encontro com os representantes do prefeito Gustavo Mendanha. Flaviana lamentou o fato de o sindicato ainda não ter conseguido modificar a decisão da liminar contra os atos de reivindicações.
“Infelizmente, ainda não conseguimos modificar a decisão daquela liminar. Já fizemos todos os agravos e embargos, mas a Justiça ainda não julgou. Então, até que se julgue esta ação da prefeitura contra nossas manifestações, não podemos fazer greve, nem paralisações parciais, por isso estamos nos movendo apenas com assembleias e manifestações. Mas não vamos desistir, estamos confiantes de que venceremos, e essa liminar será derrubada.
Vamos continuar na luta por nenhum direito a menos em favor de todas as nossas partes”, asseverou Flaviana Alves.
Por consequência à manifestação dos 300 trabalhadores da saúde municipal na manhã de 24 de maio em frente ao Cais Nova Era, a Prefeitura de Aparecida, por meio da Procuradoria Municipal, entrou com uma liminar contra o SindSaúde, alegando que a paralisação parcial configura-se em greve. Na liminar, o juiz Dr. Adegmar José Ferreira determina o imediato e integral retorno às atividades desempenhadas pelos filiados do sindicato, sob pena de pagamento de multa diária em caso de descumprimento, no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). (A.P.A.)