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Brasil registra mais de 500 mil óbitos por Covid-19 no sábado

Mais de meio milhão de brasileiros morreram em decorrência da Covid-19. De acordo com balanço divulgado na noite do último sábado, 19, pelo Ministério da Saúde, a pandemia já matou 500.800 pessoas no País. Em 24 horas, entre sexta-feira, 18, e sábado, 19, foram 2.301 mortes e 82.288 novos casos confirmados, além de outros 1.199.101 sob acompanhamento.

O número de casos registrados em todo o País chegou a 17,883 milhões. Desse total, 16,183 milhões de pessoas de recuperaram, o que equivale a 90,5% dos infectados. Mais de 1,199 milhão de pessoas seguem em acompanhamento pelas secretarias estaduais de Saúde. São Paulo é o Estado com maior número de casos e óbitos. Até o momento, foram 121.960 mortes em meio a 3.573.210 casos confirmados.

Minas Gerais está em segundo lugar, com 44.347 óbitos e 1.733.181 casos. A lista segue com Paraná (29.975 mortes e 1.192.93 casos), Rio Grande do Sul (30.372 em meio a 1.181.872 casos) e Bahia (23.204 mortes e 1.092.772 casos). Em Manaus, capital do Amazonas, a prefeitura foi obrigada a abrir covas coletivas, chamadas de “trincheiras”, nos meses de maior pico da doença em 2020 e 2021.

 

Repercussão
Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou, via redes sociais, uma nota na qual lamenta o número. “500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo. Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano”, disse.

Também lamentaram a superação da marca de 500 mil mortes o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) – que ressaltou que, do meio milhão de mortes, 300 mil ocorreram apenas nos últimos cinco meses – e a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras. “Somos o segundo País em números de óbitos diários. Estamos atrás apenas da Índia com seus 1,3 bilhão de habitantes. Dados reunidos pela Universidade de Pelotas também não deixam dúvidas. O Brasil, com 2,7% da população mundial, detém 12,8% dos óbitos por Covid-19 no mundo.

Enquanto a proporção de mortes por Covid-19 no mundo é de 488 por milhão de habitantes, aqui é de 2.293”, disse, em nota, o Conass.

“Temos, portanto, duas crises: a do vírus e a da ignorância. Essa perigosa combinação expõe mais pessoas ao risco de contágio e dificulta ainda mais as estratégias de prevenção da doença.” “Sofremos com a alta ocupação de leitos de UTI e com a escassez de medicamentos para intubação, o que aumenta ainda mais a pressão sobre os trabalhadores de saúde”, complementa a nota ao ressaltar que o número de casos novos voltou a crescer.

Em carta aberta, o Médicos Sem Fronteiras disse condenar “com indignação” o que chamou de “descaso” à emergência sanitária no Brasil. Segundo a entidade, o País “vive em um estado de luto permanente”. A organização destaca que estudos previam os impactos que a pandemia teria sobre o sistema de saúde e que esta atingiria, de maneira “mais cruel”, as populações negra e indígena, migrantes e refugiados.

“Como organização médica, é nossa obrigação esclarecer que muitas dessas mortes poderiam ser evitáveis. A insistente recusa em colocar em prática medidas de saúde pública baseadas em evidências científicas, como o distanciamento social e o uso de máscara, mesmo para quem já foi vacinado ou teve a doença, segue resultando na morte prematura de muitas pessoas e aumentando o risco do surgimento de novas variantes”, diz a carta do Médicos Sem Fronteiras.

Em nota divulgada no último sábado, 19, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que se solidariza com as famílias das vítimas e que o tribunal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) “seguem empreendendo esforços para ajudar a sociedade brasileira a mitigar os impactos desta terrível pandemia”. “É preciso relembrar a cada dia que não são apenas números. São mães, pais, filhos, irmãos. Meio milhão de pessoas que partiram e tiveram seus sonhos interrompidos”, destacou Fux.

Pelas redes sociais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o foco deve ser na prevenção. “Meus sinceros sentimentos às 500 mil famílias brasileiras que perderam alguém para a Covid-19. Uma enorme tristeza nacional. Vamos manter o foco na prevenção e na vacina para todos.”

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