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Produção industrial goiana tem alta de quase 5% e registra o maior crescimento do Brasil

A produção industrial de Goiás foi a que mais cresceu no Brasil no último mês de maio, quando as fábricas do Estado produziram 4,8% mais que em abril. O bom desempenho é reflexo da recuperação de setores como a fabricação de biocombustível, que cresceu com o início da safra de cana de açúcar, e de outros segmentos que foram bastante afetados pela pandemia em 2020, como a extração mineral e produção automobilística. O Estado ficou acima de Minas Gerais (4,6%), Ceará (4,4%) e Rio de Janeiro (4,3%), além de ter superado São Paulo (3,9%), Mato Grosso (3,4%) e Espírito Santo (2,1%). Na mesma comparação, a produção nacional apresentou avanço de 1,4%.

Os números da Produção Industrial Mensal, divulgados na última quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as indústrias extrativas produziram 7,6% mais que em maio do ano passado, com destaque para a extração de ouro em formas brutas, ferronióbio e ferroníquel. Outro destaque foi o crescimento de 693% na produção das indústrias automobilísticas do Estado, o maior para o mês da série histórica e o terceiro consecutivo, após 12 quedas seguidas.

O resultado se deve às ações do Governo de Goiás para fortalecimento do setor automobilístico. Em novembro do ano passado, o governo assinou protocolo de intenções com a Caoa, instalada no município de Anápolis, para expansão das instalações e aumento de produção. A Caoa projeta investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão, o que garantiria a geração de mais de 2 mil empregos diretos e outros 25 mil indiretos, além da forte contribuição para o crescimento da indústria goiana, que se verifica agora nos números do IBGE.

“Avançamos na nossa capacidade produtiva, industrial, empresarial e de resultados para a população”, afirma o governador Ronaldo Caiado (DEM), que destaca os investimentos em infraestrutura e nas políticas de atração de novas empresas para a continuidade das conquistas alcançadas pelo Estado.

O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, José Vitti, avalia esse resultado e diz que há espaço para registro de mais crescimento. Ele aponta que a indústria de biocombustível aumenta sua produção nesse período do ano, o que ajuda nos indicadores da indústria. “Goiás tem uma indústria consolidada, tanto a que vem da produção de biocombustíveis, bem como a de mineração, fármacos e automóveis, entre outros itens. Todas ajudam no salto da nossa produção industrial”, disse Vitti, que aproveitou para parabenizar o empresariado goiano por mais essa conquista diante de um cenário de crise econômica recorrente provocado pela pandemia.

O registro da indústria goiana de maio, na comparação com o mesmo mês de 2020, foi negativo (-0,3%), o que se explica porque nesse mesmo período do ano passado parte do setor industrial goiano, especialmente na produção de medicamentos e de alimentos, não paralisou totalmente as atividades em decorrência das medidas sanitárias impostas em razão da pandemia.

O segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis em Goiás também aumentou 6,2% em maio. Um dos motivos foi a intensificação da moagem de cana nas usinas goianas. Outra atividade com bom resultado foi a fabricação de produtos de minerais não-metálicos, que cresceu 19,6%, o décimo resultado positivo seguido e que já acumula alta de 25,3% no ano. As indústrias de outros produtos químicos também produziram 11,9% mais, o sétimo crescimento seguido. Os maiores destaques destes segmentos foram as produções de automóveis, massa de concreto e superfosfatos.

Depois de produzir muito no primeiro semestre de 2020, quando muitas indústrias brasileiras estavam fechadas, a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos no Estado encolheu 37,6%, a oitava queda consecutiva. A fabricação de produtos alimentícios, principal atividade da indústria goiana, também recuou 3,6% em maio. O segmento registra quedas desde outubro de 2020 e acumulou no ano variação negativa de 4,5%.

Ao Diário de Aparecida, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), Leopoldo Moreira, ressalta o papel do governo estadual e da classe empresarial no crescimento da produção goiana. “A economia goiana está cada vez mais se destacando graças ao dinamismo da classe empresarial e a parceria dos poderes públicos, que fomentam um cenário favorável ao desenvolvimento. Em Aparecida de Goiânia nossas indústrias se reinventaram e demonstraram capacidade de se fortalecer mesmo em momentos difíceis. Tenho a convicção, que através da vacina e apoio governamental com investimento em infraestrutura e atração de novas empresas em breve vamos superar as expectativas pré-pandemia e fomentar ainda mais a economia aparecidense”, diz.

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