Além de prejudicar setor produtivo, escalonamento regional contribuiu para desequilíbrio da pandemia
O aumento no número de mortes por Covid-19 em Aparecida é a consequência do modelo de escalonamento do comércio adotado pela prefeitura. Desde que a prefeitura adotou esse sistema, além de casos e mortes, a ocupação de leitos UTI’s aumenta vertiginosamente dia após dia. Até hoje, o prefeito Gustavo Mendanha (MDB) insiste em afirmar que o modelo de abertura escalonada do comércio, indústria e serviços teria ajudado a estabilizar o avanço da doença, porém o que se vê desde dezembro é o avanço da pandemia na cidade.
Imagens mostradas em edições passadas do Diário de Aparecida nos cemitérios locais exibiram uma sequência de valas abertas para receber caixões – em dezembro, eram cerca de duas mortes por dia, índice que se manteve em janeiro; em fevereiro subiu para aproximadamente cinco mortes por dia, e em março superou oito mortes por dia. Apesar de ter uma tímida redução, em abril a média de mortes foi de 7,4. Em junho, esse número ficou em quase quatro mortes por dia.
Um dos fatos polêmicos em relação às falhas do isolamento social foi a autorização para o funcionamento dos motéis. E ainda as feiras livres, como a do Setor Garavelo, também autorizadas pela prefeitura, acabaram virando cenário de aglomerações, uma situação de risco, já que o índice de ocupação de UTIs na cidade continuava aumentando. Além disso, recentemente, a prefeitura liberou o funcionamento de atividades de lazer e eventos sociais públicos, privados e corporativos e o funcionamento de eventos sociais e cinemas. (E.M.)