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Editorial do Diário de Aparecida: Escolha irresponsável

Todos sabemos que sommelier é um profissional especializado em conhecer vinhos e todos os assuntos relacionados a esse tipo de bebida, mas as redes sociais já identificaram e batizaram um novo tipo de sommelier: o “sommelier de vacinas contra a Covid-19”. São pessoas que, ao irem se vacinar, não encontrando sua marca de preferência, simplesmente vão embora sem a imunização.

Em Goiânia, na última terça-feira, 13, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, 346 pessoas desistiram de tomar a vacina ao descobrirem a marca do imunizante que estava sendo aplicado. No mesmo dia, o Ministério Público do Estado de Goiás decidiu pela legalidade da aplicação de penalizações aos cidadãos que agendarem a aplicação e se recusarem devido ao laboratório fabricante da vacina.

E, em uma decisão acertada, o prefeito Rogério Cruz já anunciou que vai assinar nos próximos dias, um decreto que autoriza o envio, para o final da fila de vacinação, das pessoas que recusarem determinadas marcas de imunizantes. De acordo com a medida, esses indivíduos só terão uma nova oportunidade de se imunizar quando todas as pessoas acima de 18 anos estiverem vacinadas contra a Covid-19 no município.

Precisamos acabar com essa bobagem: vacina não é vinho! Vacina é uma substância produzida e aplicada ao corpo para que o sistema imunológico tenha uma resposta de proteção contra um agente patógeno que possa vir a agredir o organismo, como vírus e bactérias. O desenvolvimento de uma vacina segue rigorosos padrões de exigência.

Segundo a Anvisa, trata-se de um processo criterioso, que leva em consideração dados apresentados pelo fabricante, a população-alvo, os resultados dos estudos pré-clínicos e clínicos e os resultados provisórios de um ou mais ensaios clínicos que atendam aos critérios de eficácia e segurança para o uso pretendido. Ao analisar tudo isso, para ser aprovada, uma vacina deve ter seus benefícios superados em relação aos riscos, de forma clara e convincente, considerando os critérios técnicos.

É preciso desmistificar as fake news em torno da vacinação, que circulam de forma viralizada e mortal. A vacina, qualquer que seja ela, tem sua eficácia e segurança comprovadas. E o mais importante: ela salva vidas! Não faça a escolha irresponsável de não se vacinar. Se estiver na sua vez, busque um dos pontos de vacinação do município. Vacina boa é vacina no braço!

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