Indignados, moradores da Vila Romana cobram obras de asfalto prometidas por Gustavo Mendanha
A esperança é a última que morre. Com essa convicção, os mais de 8 mil moradores da Vila Romana, em Aparecida de Goiânia, esperam há 33 anos da prefeitura a tão sonhada obra de asfaltamento no bairro. Eles afirmam que no mapa do município o setor está asfaltado desde o mandato do ex-prefeito José Macedo (2005 a 2008). O Diário de Aparecida mostrou a indignação deles na edição do dia 18 de junho, no entanto eles afirmam que de lá para cá nada foi realizado.
O DA procurou novamente a comunidade para ouvir as reclamações. Em nova entrevista ao jornal, William Silva, morador do bairro há 11 anos e presidente da Associação de Moradores da Vila Romana, afirmou que após a divulgação da reportagem o vice-prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano (MDB), foi ao local e conversou com os habitantes do setor, porém não apresentou nenhuma previsão de início das obras. “O vice-prefeito marcou uma reunião conosco dias depois, mas não apresentaram projeto e nem licitação. Nós ficamos com cara de palhaço. Corremos atrás de um benefício, onde esperamos respostas concretas do poder público, porém eles omitem essas informações. Falam uma coisa para enganar a comunidade. A única rua asfaltada é a linha do ônibus”, disse.
Silva pontuou que a população aguarda o benefício com muita expectativa, principalmente na gestão do atual prefeito Gustavo Mendanha (MDB), que prometeu com veemência em sua campanha eleitoral asfaltar todas as ruas da cidade. Ele complementa que, devido a essa falta de respostas concretas sobre o atendimento das demandas, a comunidade fica triste e indignada. “A comunidade fica triste com essa situação pela falta de asfalto no Vila Romana. Queríamos uma data de previsão para a execução das obras aqui no bairro. Não adianta falar que tem uma licitação, mas a gente olha no portal da transparência e não ver essas informações. Ouvimos muitas justificativas infundadas há muitos anos, mas não perdemos as esperanças”, confia.
O presidente da Associação de Moradores da Vila Romana contou que os moradores estão se sentindo esquecidos pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia. “O único trecho asfaltado são as linhas de ônibus das ruas Tito Lívio e Rômulo e Remo. Nós, moradores, estamos nos sentindo esquecidos. Os bairros vizinhos, como Ibirapuera, Boa Esperança, Buriti Sereno, Vila Delfiori, recebem recapeamentos e outros benefícios, e a Vila Romana está no meio sem perspectiva de asfalto. Já faz um ano que a Saneago implantou a água tratada, e até hoje aguardamos a resposta da prefeitura sobre o asfalto”, reclamou William Silva.
Saúde e educação
A Vila Romana necessita de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei). William contou que o Cmei foi prometido diversas vezes por lideranças políticas municipais, que afirmavam que a obra já estaria licitada e com dinheiro em caixa para a construção por parte da prefeitura, no entanto, nada do que prometeram foi feito.
“Muitos moradores da Vila Romana já se depararam com lotação na UBS da Vila Delfiori ao buscar atendimento. A unidade está sobrecarregada pela demanda de três bairros, ainda mais com o assentamento proveniente de uma ocupação na Serra das Areias, que ficou ainda mais difícil. A UBS está sobrecarregada. Os profissionais são bons, mas não conseguem atender direito a demanda. Por isso, pedimos que tenham mais médicos para ajudar toda a comunidade. Há falta de pessoal na UBS. Todos os funcionários estão muito sobrecarregados. Precisam qualificar profissionais do atendimento”, falou William.
Sobre a necessidade de construção de uma nova unidade de Cmei no bairro, Wiliiam Silva destaca que o Cmei Delfiori não atende à demanda da região. “Ele veio para beneficiar a comunidade quilombola alocada próximo aquele bairro. Esse setor possui, além do Cmei, uma escola e uma UBS para atender toda região, porém não consegue nem o próprio bairro. Como tem muitas famílias por lá, então não supre a demanda. E hoje temos dificuldade para conseguir vaga para toda a região”, conta.
