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Mentira do apoio de 80% dos prefeitos enterrou a credibilidade de Mendanha

Ao inventar que 80% dos prefeitos do MDB seriam a favor da candidatura própria do partido ao governo do Estado, em 2022, e, portanto, contra a reeleição do governador Ronaldo Caiado, o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha destruiu a sua própria credibilidade, além de mostrar que é capaz de tudo – até de falsear a verdade – para atingir seus objetivos de se vingar daqueles que acredita serem seus inimigos e trair os que o têm como amigo.

Mentira, como se sabe, tem pernas curtas. Mendanha disse à coluna Giro, de O Popular, que estava viajando pelos municípios, onde constatou pessoalmente os tais “80%” de prefeitos defensores de um nome do MDB na eleição do ano que vem. A declaração foi publicada, mas na mesma edição a coluna Giro observou que haveria grande possibilidade desse número ser exatamente o contrário, ou seja, que haveria 80% de maioria de prefeitos emedebistas pró-aliança com Caiado.

Mesmo assim, Mendanha continuou repetindo o blefe. Até que o presidente estadual do partido, Daniel Vilela, recebeu, na quarta-feira, 13, da semana passada, uma carta subscrita por 27 dos 28 prefeitos do MDB (só ele, Mendanha, não assinou) assumindo o apoio à reeleição do atual governador e a formação de uma chapa única entre os dois partidos, pelo menos quanto aos candidatos a governador, que seria Caiado, e a vice, no caso Daniel Vilela.

O noticiário sobre a carta dos 27 prefeitos massacrou Mendanha, com a inevitável conclusão de que ele mentiu ao apregoar os tais “80%” de prefeitos da legenda a favor da sua tese de lançamento de candidato ao governo em 2022.

No mesmo dia em que o documento foi divulgado, na quinta, 15, Daniel Vilela madrugou no escritório de Iris Rezende, na avenida T-4, onde permaneceu em reunião com o velho cacique até o meio-dia. Eles falaram por telefone com Caiado por pelo menos duas vezes, provavelmente saboreando a tremenda vitória que foi a divulgação da carta dos 27 prefeitos e a derrota imposta aos antagonistas da aliança DEM-MDB.

De qualquer forma, o episódio, ao configurar que Mendanha tentou blefar sobre o apoio à candidatura própria emedebista, mostrou que o prefeito de Aparecida está isolado e age completamente fora do contexto político em que está inserido. Dizem que motivado por questões pessoais, como o ódio por Caiado, a quem atribui a culpa pelas operações policiais que investigam corrupção na prefeitura – que, se houver, é culpa de quem está envolvido e não do governador.

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