Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Morro abaixo

Caros leitores, esta edição do Diário de Aparecida traz em sua página 6 uma denúncia grave, de um problema que vem se arrastando há anos na Região Leste do município e que a prefeitura de Aparecida, ou por mera incompetência ou por absoluto descaso, prefere se calar e tapar os olhos. Cerca de 12 famílias do setor Santa Luzia estão convivendo com o medo e o risco real de perderem suas vidas ao dividirem espaço com uma enorme erosão que avança ao limite de suas casas.

O problema, já denunciado outras vezes nestas páginas, está chegando a uma situação insustentável e deixando a população em desespero. As famílias residentes do local já compreenderam que não há mais soluções possíveis para conter o avanço do desmoronamento de terra, e por isso cobram a ajuda da gestão municipal para se mudarem para outros setores e deixarem a insegurança para trás.

A questão é que neste momento, as prioridades de Gustavo Mendanha giram em torno apenas de seu audacioso projeto de ser governador. já que enquanto os contribuintes aparecidenses padecem em meio ao caos, o prefeito passa seus dias viajando para municípios com outros gestores emedebistas para tentar implantar sua “semente da discórdia” dentro do MDB para que o partido lance candidatura própria na disputa ao Palácio das Esmeraldas em 2022. Hipótese essa, já descartada pelas principais lideranças da sigla em Goiás e acompanhada pela maioria dos filiados.

Até quando Mendanha vai ignorar o apelo dos mais de 90% dos eleitores aparecidenses que confiaram seus votos a ele na esperança de que ele realizasse uma gestão para a população do município, ao invés de transformar a cadeira do Executivo de Aparecida em um trampolim imaginário para satisfazer seu ego político.

O DA sempre trabalhou para dar voz e visibilidade aos que carecem de atenção no município e dessa vez não será diferente. A tragédia está anunciada e o desfecho desse problema com os moradores do Santa Luzia escancarado para todos, incluindo o Poder Público de Aparecida. Resta saber se a prefeitura vai ajudar essas famílias a se reerguerem ou simplesmente cruzar os braços e esperar que vidas venham morro abaixo junto com as casas presentes no local.

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