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Evento em Rio Verde, com 50 prefeitos, mostrará o cacife de Lissauer para a vice

O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), pretende intensificar, a partir de agosto, suas movimentações políticas de olho na possibilidade de disputar as eleições de 2022 como vice do governador Ronaldo Caiado (DEM) ou postulando a Câmara Federal.

A gestão de Lissauer à frente da Assembleia Legislativa projeta seu nome no cenário político de Goiás, com possibilidade de enfrentar as urnas, ano que vem, a cargo majoritário ou proporcional, e até mesmo ao pleito de 2026, já que tem construído uma carreira política promissora, agregando apoios de diversos segmentos da sociedade goiana.

O parlamentar, discreto por natureza, aposta na possibilidade de ter o apoio da maioria dos deputados estaduais da base governista e assim se cacifar para a chapa majoritária encabeçada por Ronaldo Caiado. Além do atual vice-governador, Lincoln Tejota (Cidadania), que tem interesse na permanência no cargo em eventual 2º mandato de Caiado, também está no páreo, com o apoio do ex-governador Iris Rezende, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela.

Na Assembleia Legislativa, deputados da base aliada não escondem o entusiasmo pela projeção política que Lissauer Vieira tem alcançado em Goiás, já que, segundo eles, mostra habilidade e poder de convencimento, oferecendo contribuição à boa relação entre os três Poderes no Estado. Em decorrência, no próximo dia 7, Lissauer Vieira vai reunir, em Rio Verde, sua principal base eleitoral, 50 prefeitos, dezenas de vereadores, dirigentes partidários, parlamentares, para buscar respaldo ao projeto de indicação de seu nome como candidato a vice-governador na chapa de Caiado em 2022.

Será o marco inicial da mobilização política que tem como objetivo colocar com mais clareza o nome de Lissauer Vieira como pretendente à vaga. Paralelamente, o presidente da Alego atua, nos bastidores, para construir uma eventual candidatura à Câmara Federal. “Lissauer está, definitivamente, inserido no processo político de Goiás e pode pleitear cargos majoritários tanto em 2022 quanto em 2026”, diz o deputado Bruno Peixoto (MDB), líder do Governo na Alego.

Aos jornalistas, Lissauer Vieira não confirma nem nega que seja pretendente ao cargo de vice-governador na aliança com o DEM e faz mais: elogia os “concorrentes” Lincoln Tejota e Daniel Vilela. Ele começou a carreira política no PSD, depois migrou para o PSB e hoje está avaliando mudança de partido.

Para a gestão de Caiado, presidente da Assembleia é o fiador da governabilidade

O principal trunfo da ação política de Lissauer Vieira no comando da Assembleia, nesses dois anos e meio de gestão, é a contribuição que dá à “governabilidade” do Estado. Ele atuou e atua, nos bastidores, junto com outros agentes políticos como o líder do governo Bruno Peixoto e o secretário estadual de Governo, Ernesto Roller, para garantir ao Executivo maioria de votos no plenário da Casa. Em razão da “relação harmônica” que tem com o governo estadual, Lissauer assegurou verbas para, por exemplo, dar sequência às obras da nova sede do Poder Legislativo, a ser inaugurada em fevereiro do ano que vem, no Park Lozandes. Essa obra se arrasta há anos e é aguardada com expectativa pelos 41 parlamentares e funcionários da Alego. Lissauer Vieira se surpreende também ao dedicar seu tempo ao trabalho municipalista, percorrendo órgãos públicos, ao lado de prefeitos, em busca de obras e benefícios às cidades de sua representação política. Essa presença constante, também no interior, tem ampliado a sua base eleitoral, colocando-o como uma das alternativas mais consistentes para a disputa à Câmara Federal em 2022. Ele não economiza nos elogios que dirige a Caiado, de quem se aproximou nos últimos dois anos e meio e agora é um dos mais ferrenhos aliados. “Vou estar no palanque pela reeleição de Ronaldo Caiado, um gestor eficiente, um líder político leal”, costuma repetir pelo interior do Estado.

Lincoln Tejota e Daniel Vilela são as outras duas possibilidades

As eleições do ano que vem estão distantes, mas o debate já ganha espaço nos bastidores dos partidos políticos, com conjecturas sobre formação de alianças e escolha de candidatos majoritários – governador, vice e senador.

Na mídia, já se especula sobre quem poderá ser o candidato a vice-governador na chapa de Ronaldo Caiado. O atual vice Lincoln Tejota se movimenta, na expectativa de permanecer na chapa, mas, não sendo mantido, poderá concorrer à Câmara Federal ou mesmo ocupar cargo de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O presidente da Alego, Lissauer Vieira, começa a projetar seu nome também como pretendente a vice de Ronaldo Caiado. Ele poderá trocar o PSB por uma legenda afinada com o Palácio das Esmeraldas. De fato, Lissauer busca construir o projeto de concorrer à Câmara Federal.

O 3º nome cogitado para vice de Caiado é o ex-deputado federal Daniel Vilela, presidente estadual do MDB. Ele conta com o respaldo no seu partido do ex- prefeito Iris Rezende e de 27 prefeitos. Não sendo escolhido vice, Daniel deve concorrer à Câmara Federal.

Por sua vez, Caiado evita antecipar o debate ou mesmo as definições sobre alianças ou lançamento de candidaturas às eleições de 2022, já que foca o seu trabalho no cumprimento da agenda administrativa, delineada durante a campanha de 2018. Mesmo com Caiado fora das discussões político-eleitorais, os partidos e prefeitos, por exemplo, antecipam, publicamente, apoio à reeleição do governador. 180 prefeitos, de diversas legendas, manifestam apoio a novo mandato ao democrata. 27 dos 28 prefeitos do MDB, por exemplo, pedem a aliança do partido com o DEM e apoio à reeleição de Caiado.

Dos 36 partidos brasileiros, 10 já anunciaram engajamento à campanha eleitoral pela reeleição de Caiado, mais cinco admite aliança com o DEM no pleito do ano que vem. Entre os partidos que “namoram” o governador, estão o PSD, Republicanos, Progressistas e o MDB.

Nas reuniões que tem promovido com os prefeitos, no interior do Estado, para definir calendários de obras, Caiado tem ouvido declarações de apoio de gestores ao seu projeto eleitoral para 2022, o que reforça ainda mais as relações próximas entre o governador e os líderes municipais.

As conversações sobre alianças e escolha de candidatos vão avançar, efetivamente, a partir de janeiro próximo, com um pique em abril (janela partidária) e definições em julho/agosto com a realização das convenções partidárias. (H.L.)

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