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Em baixa, PSB está perdendo seu mais importante quadro político

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira, deverá deixar o PSB, diante da possibilidade de a direção estadual não aprovar a aliança com o Democratas do governador Ronaldo Caiado. Lissauer, que está cotado para ser candidato a vice-governador ou a deputado federal em 2022, já recebeu convites de dez partidos, entre eles o DEM, Podemos, PSD, PSC e Republicanos.

O PSB, até as eleições de 2018, era comandado em Goiás pela senadora Lúcia Vânia que, após a derrota à reeleição, desfiliou-se do partido, entregando o comando partidário para o recém-eleito deputado federal Elias Vaz. Nas eleições municipais de 2020, já sob a direção de Elias Vaz, o PSB lançou 26 candidatos a prefeito em um universo de 246 municípios e venceu apenas em cinco, quase todos, hoje, manifestando interesse em migrar para o DEM caiadista.

Este ano, Elias Vaz tem atuado para estimular o crescimento da legenda nos municípios goianos, já que, ano que vem, irá concorrer a novo mandato à Câmara Federal sem o benefício da coligação partidária, agora extinta. Em 2018, Elias conquistou o mandato graças à coligação PSB/PSDB. A tendência do pequeno PSDB é a de aliar-se ao PT, no próximo pleito, na eleição majoritária para governador e também para presidente da República, em apoio a Luiz Inácio Lula da Silva.

Os partidos de esquerda em Goiás terão dificuldades em fazer aliança com o chamado espectro político de centro, já que o PSDB, PSD, Republicanos, Progressistas e Patriota não querem saber de aproximação com o PT, principalmente. “PSDB e PT são como água e óleo, não se misturam”, dispara, por exemplo, o ex-governador Marconi Perillo, líder maior dos tucanos no Estado.

O Progressistas, dirigido em Goiás pelo ex-ministro Alexandre Baldy, também veta aliança com o PT e outros partidos de esquerda. “O PP vai estar do outro lado do PT tanto na disputa presidencial quanto na corrida ao governo de Goiás”, já avisou. Jorcelino Braga, presidente do Patriota de Goiás, não quer saber de diálogo com o PSDB nem com o PT e adianta que o partido tem candidato próprio a governador: Jânio Darrot, ex-prefeito de Trindade.

O PSD, presidido no Estado por Vilmar Rocha, não pretende manter conversações com as legendas de esquerda, sob o argumento que o projeto nacional de seu partido não tem afinidade com a esquerda, principalmente na economia.

O Republicanos, que integra o governo Jair Bolsonaro, também não tem afinidades político-ideológicas com os partidos de esquerda, em relação à sucessão de 2022 em Goiás. O deputado federal João Campos, presidente estadual do Republicados, tem seus projetos e propostas reprovadas no Congresso Nacional pelos partidos de esquerda. Ele é pastor da igreja Assembleia de Deus e delegado de polícia de carreira. (H.L.)

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