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Inédito: a um ano e meio da eleição, Caiado é o único candidato definido

Um fenômeno talvez nunca observado antes na política de Goiás, desde a redemocratização, está em pleno curso: a menos de um ano e meio para a próxima eleição para o governo do Estado, só há um candidato definido, no caso, Ronaldo Caiado.

Fora Caiado, que já anunciou a decisão de disputar mais um mandato, só existem cogitações – sem nenhuma concretude. Pior: os nomes citados nas especulações para também enfrentar as eleições de 2022, até agora, são de uma fragilidade política e eleitoral extrema.

O governador, como se sabe, é considerado como favorito a partir das pesquisas de avaliação tanto do seu nome quanto da sua gestão, algumas batendo índices superiores a 70% de aprovação. Tem a seu favor uma biografia irreparável, comprometida com uma rigorosa postura ética em todo e qualquer assunto, além de uma drástica aversão a qualquer tipo de corrupção, inclusive aquela que é comum a todos os políticos: o Caixa 2.

Não quanto a Caiado. Ele jamais foi alvo de qualquer denúncia de malversação de recursos em suas numerosas campanhas eleitorais. Esse perfil de honestidade e moralidade nunca foi abalado por uma suspeita, ainda que mínima. Pode-se dizer que não há precedentes ou semelhanças, no País, quanto a essa imagem limpa e livre de máculas.

E é o único candidato definido, por ora. Fala-se, pela oposição, no ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot, que sequer está filiado a algum partido atualmente; no presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, outro que também não tem ficha assinada em nenhuma legenda; e mesmo no ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, que, sabe-se, pode até tentar ocupar algum espaço insinuando que poderá postular o governo, mas é mesmo candidato a deputado federal (uma meta que pode atingir, apesar dos desgastes). Nenhum dos três conta com a envergadura necessária para o pleito majoritário estadual.

Outra possibilidade que já foi muito comentada, mas hoje praticamente afastada, seria o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, que concorreu em 2018 e perdeu para o próprio Caiado. Vilela, no entanto, parece propenso a não correr o risco de ficar sem mandato e também, a exemplo de Marconi, caminha para se candidatar à Câmara dos Deputados (veja matéria correlata).

O PT, principalmente para forçar um palanque para a candidatura de Lula em Goiás, pode lançar um candidato a governador. Só que, desde já, não há nenhum nome disponível para a aventura. Quadros mais importantes do partido, como o deputado federal Rubens Otoni, provavelmente não se disporiam, já que a possibilidade de garantir o mandato proporcional é muito maior e, regionalmente, mais importante para os petistas.

Em resumo: o cenário, diante de um prazo relativamente curto para as eleições, é surpreendente, ao apresentar Caiado como o único candidato declarado ao governo do Estado, mais ninguém, a não ser boatos, conjecturas, hipóteses e elocubrações.

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