Ex-vereador Amarildo Pereira já cumpre pena no semiaberto, com tornozoleira
Uma das figuras mais conhecidas da política em Goiás, o ex-vereador Amarildo Pereira foi finalmente colhido pelos longos braços da Justiça, mas ainda de forma leve: condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por fraudes contra o INSS, praticadas quando participava da Mesa Diretora da Câmara Municipal, entre 2001 e 2004, ele de alguma forma se livrou do regime fechado e já começou a cumprir a pena, não em reclusão e, sim, no regime semiaberto, com direito a pernoitar em casa usando tornozeleira, conforme determinação do juízo de execução penal do seu processo. Como diretor da Comob, depois que perdeu a reeleição, Amarildo repetiu o esquema de burla dos recolhimentos previdenciários e foi igualmente flagrado.
Chegando aos 60 anos, Amarildo Pereira está há anos na crista do noticiário sobre casos de corrupção em Goiás. Ele também está envolvido em outras irregularidades, como, por exemplo, o recebimento de gratificação indevida como procurador do município de Goiânia, que o Ministério Público quer que ele devolva. Segundo o MP, ele deve ressarcir o erário municipal em valor superior a R$ 1,8 milhão, causado pelo recebimento ilegal compensação salarial referente a estabilidade econômica pelo exercício do mandato de vereador em Goiânia – o que, segundo o promotor Fernando Krebs, autor da denúncia, é um completo absurdo.
Amarildo chegou a ser considerado foragido pela Justiça, depois que, esgotados os recursos, não se apresentou para pagar a sua condenação, conforme compromisso feito pelos seus defensores – o que finalmente fez. Ele, hoje, é representado pelo advogado Pedro Paulo de Medeiros, candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás e tido como o criminalista número um do Estado, tanto em capacidade quanto em cobrança de honorários.