Aparecida

Gustavo Mendanha promove desmonte do funcionalismo público em Aparecida

Os sete primeiros meses da segunda gestão do prefeito Gustavo Mendanha (MDB) foi marcada pelo desrespeito com o funcionalismo público. Conforme noticiado pelo Diário de Aparecida em edições passadas, a administração falhou com a falta de fiscalização dos devidos repasses aos proventos dos colaboradores do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), com a falta de atenção às pautas defendidas por servidores da Saúde e guardas civis metropolitanos, além de cobranças previdenciárias injustas.

O compromisso que o prefeito Mendanha tem com a sociedade que governa, em Aparecida, é o de ser transparente, leal (palavra que gosta de usar) e sincero. Não é nada disso. Ao se recusar a ouvir os reclamos das cidadãs e cidadãos, muitos deles provavelmente suas eleitoras e seus eleitores, mostra que é um político insensível a se esconder atrás da matreirice nociva para fugir às suas responsabilidades e se ocultar atrás de uma densa cortina de propaganda para passar a falsa impressão de prefeito realizador.

Economizando investimentos aos colaboradores, o gestor público municipal promove um “loteamento de cargos” comissionados na prefeitura para garantir apoio “unânime” e eliminar a oposição. Mendanha abriu a folha de pagamento para a nomeação de presidentes de partidos, ex-vereadores, suplentes, apaniguados de vereadores e toda e qualquer liderança aparecidense, ainda que de porte mínimo.

Por conta dessa prática, os cofres da prefeitura estão sendo sangrados para sustentar as conveniências políticas de Mendanha, que ainda tem a coragem de propor que o resto do Estado siga o modelo aqui implantado para assegurar a tranquilidade do Poder Executivo – e, infelizmente, privar a população do importante debate sobre as melhores soluções para os inúmeros desafios que ainda afligem Aparecida, em áreas estratégicas.

Servidores da Saúde cobram reposição salarial atrasada há um ano, mas a prefeitura ignora

Em meio a pandemia da Covid-19, trabalhadores da Saúde pública municipal de Aparecida ainda não dispõem de direitos trabalhistas básicos e travam uma árdua batalha contra a prefeitura. A última mobilização da categoria ocorreu no dia 13 de julho. O ato reuniu enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares, Agentes de Combate de Endemias (ACE) e motoristas de ambulâncias. Eles cobram do prefeito Gustavo Mendanha o pagamento da reposição salarial conhecida também como data-base que está atrasada desde 2020.

Se já tivessem sido pagas, estas datas-bases representariam um incremento no salário de mais de 9%. Os trabalhadores também cobram direitos como equiparação salarial, progressão de carreira e piso salarial para agentes de saúde de endemias. O presidente do Sinsaúde de Goiás (Sindsaúde-GO), Ricardo Manzi, ao Diário de Aparecida fez uma avaliação da negociação e explicou que apenas duas das pautas apresentadas pelo sindicato tiveram avanços.

“Avançamos na aplicação do nosso plano de carreira em relação às progressões, inclusive retroativas à data do direito adquirido. A prefeitura também prometeu pagar o piso nacional dos agentes comunitários de saúde de combate às endemias. Mostramos à prefeitura a determinação legal e portanto deveria ter sido assegurado em janeiro de 2021. Assim o poder Executivo terá que encaminhar esse projeto de lei à Câmara Municipal para concessão desse direito a esse conjunto de trabalhadores” disse Manzi.

Outro direito que está em processo de negociação se trata da gratificação. O sindicato entende ser necessário e justo enquanto os trabalhadores estiverem na linha de frente do enfrentamento a Covid-19 receberem as gratificações. Segundo as lideranças, até o momento a prefeitura não se manifestou favorável ao pagamento das gratificações e da data-base dos servidores de 2020 e 2021.

O Sindsaúde-GO explicou que a gratificação tem previsão legal na Lei Complementar 173/2020 que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). “A gratificação tem que ser paga a todos os trabalhadores lotados na secretaria da saúde, seja da limpeza, administrativo, em fim, sem acepção aos profissionais da área.

Dentro da luta dos direitos a classe almeja alcançar a negociação da inserção dos motoristas do plano de carreira e também da questão de uma nova tabela que garanta uma proporcionalidade do plano de carreira já prevista em 2014. “Precisamos continuar a luta, o prefeito tem muito o que cumprir com o direito dos trabalhadores de saúde de Aparecida. Cadê a data-base e a gratificação?”, perguntou a internauta Sandra Martins. (E.M.)

 

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