Mundo

Editorial do Diário de Aparecida: As mulheres da Tóquio 2020

As Olimpíadas de Tóquio já eram históricas antes mesmo de começarem. A participação feminina nos jogos deste ano é de 48,8%, metade dos atletas. O maior número já registrado. A delegação brasileira também segue a mesma tendência mundial. Dos 302 atletas brasileiros, 141 são mulheres, uma proporção de 47%.

Caminhando para a reta final dos Jogos Olímpicos, no próximo domingo, 8, o que fica cada dia mais claro é que as atletas brasileiras não foram ao Japão apenas com o intuito de equiparar a participação feminina nas competições.

Mais do que isso, foram para fazer história e mostrar todo o poder e coragem que são capazes de ter. O Brasil caminha para bater recordes como o de pódios conquistados e de medalhas de ouro atingidas. Tudo isso por conta delas.

Das 15 medalhas conquistadas pelo País até o momento, sete foram por elas. Das quatro vezes em que o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio até ontem, 4, três foram com representantes femininas. Fora tudo isso, várias atletas marcaram seu nome na história olímpica brasileira. Como Rayssa Leal, a medalhista mais jovem do País em Jogos Olímpicos; Rebeca Andrade, a única atleta (entre homens e mulheres) a conseguir a conquista de uma dourada e uma prateada em uma mesma edição dos jogos. E por aí vai…

O recado que a Tóquio 2020 tem enviado ao mundo e, principalmente, à sociedade brasileira, arraigada ainda na ideologia misógina e machista, é de que as mulheres podem ser o que elas quiserem, onde quiserem e na hora que quiserem. Que o fomento à prática de esportes de alto rendimento cresça ainda mais, com respeito e igualdade em apoio, patrocínio e incentivo. E que em 2024, em Londres, elas possam brilhar ainda mais. Parabéns às atletas da delegação brasileira na Tóquio 2020.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo