Mendanha promove “marketing da vacina” em vez de ações concretas de controle da pandemia
Conforme noticiado pelo DA, em março de 2021, um ano após o início da pandemia do novo Coronavírus, o prefeito de Aparecida fez barulho anunciando a disposição de comprar 400 mil doses de vacinas para aplicar na população aparecidense. Bancando o corajoso, o emedebista acrescentou que estava disposto a desafiar o governo federal e o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19.
Embora a prefeitura da cidade gaste o dinheiro dos contribuintes em campanhas publicitárias para ressaltar que o município estaria supostamente à frente de outros do Estado de Goiás no processo de vacinação da população contra a Covid-19, Aparecida é uma das grandes cidades goianas onde a imunização está mais atrasada, com baixa cobertura em relação à aplicação da 2ª dose ou única. O prefeito Gustavo Mendanha (MDB) desperdiça recursos municipais para fazer o chamado “marketing da vacina”, em detrimento das ações que verdadeiramente poderiam oferecer alguma contribuição contra o avanço da doença, em especial com anúncios educativos e não políticos.
Apenas 15,61% da população geral aparecidense completou o ciclo vacinal, com 92.140 doses aplicadas.
Perguntado na época se não temia uma decisão do governo federal confiscando as vacinas, caso efetivasse a compra, o prefeito respondeu que não estava nem aí e que, com a aquisição, estaria cumprindo o seu papel como gestor responsável pela Saúde dos moradores de Aparecida e sua proteção contra a nova doença.
Porém, mais uma vez, tudo não passava de marketing. Assim como a história do spray nasal israelense, um remédio em desenvolvimento e sem comprovação de eficácia contra a Covid-19, que Mendanha também propagandeou, informando que estava em tratativas com a embaixada de Israel no Brasil para trazer o medicamento para testes no Hospital Municipal de Aparecida. Gustavo não deu um passo nem para comprar as tais 400 mil doses nem para incluir Aparecida no processo de testagem do spray nasal israelense. (E.M.)