Pulgas e carrapatos: pesadelos para cães e tutores. Saiba como tratar o problema
Coceira, perda de pelo e até feridas. Esses são alguns dos problemas nos cães acometidos por ectoparasitas. Pulgas, carrapatos, piolhos e ácaros representam um verdadeiro pesadelo para os pets e seus tutores. Segundo a médica veterinária Patricia Guimarães, prevenir o aparecimento de pulgas e carrapatos é a forma mais efetiva de combater os ectoparasitas. “Cuidados podem ser tomados por meio da utilização frequente de produtos tópicos ou sistêmicos, que auxiliam na proteção contra pulgas e carrapatos, na forma de pipetas, comprimidos orais ou coleiras especiais. Dar banhos regularmente e manter os pelos curtos, principalmente nas estações de calor, quando a proliferação é mais intensa, também são medidas importantes”, explica a especialista.
A contaminação dos pets acontece no ambiente ou pelo contato direto ou indireto com animais com algum nível de infestação. “Estima-se que mais de 80% dos cães possuem alguma espécie de ectoparasita. Para saber se o seu cão está com pulgas ou carrapatos, é necessário realizar um minucioso exame físico, além da observação de sintomas, como queda de pelo, coceira em excesso, vermelhidão, descamação, hiperpigmentação, espessamento da pele e outras lesões e alterações, além da própria visualização do ectoparasita na fase adulta e suas fezes [no caso de pulgas] no corpo do cão.”
As principais doenças causadas são erliquiose, babesiose, anaplasmose, hepatozoonose, febre maculosa, rangeliose, dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP) e a ectoparasitas (DAPE), demodiciose e a doença de Lyme, quando muitas delas podem levar o cão a óbito. “Se o cão estiver com nível elevado de infestação por ectoparasitas e não receber o correto tratamento, tanto o de suporte quanto o de combate direto, ele pode sofrer consequências muito sérias devido ao agravamento das doenças”, relata Patricia Guimarães.
Ela destaca que raças com grande quantidade de pelo e/ou pelo longo demandam maior atenção e cuidados por parte dos tutores, pois essas características facilitam a infestação e dificultam a visualização das pulgas e dos carrapatos presentes no corpo do animal.
Segundo a veterinária, o principal tratamento contra pulgas e carrapatos exige o uso de ectoparasiticidas tópicos ou orais. “Em associação, podemos utilizar shampoos específicos e limpar frequentemente os locais onde o cão normalmente habita, além dos demais objetos, como caminhas, roupinhas, brinquedos e comedouros. Em alguns casos, se faz necessário encaminhar o animal para o médico veterinário por conta do nível elevado de infestação, onde um tratamento suporte é empregado junto a cuidados intensivos”, finaliza.