Gustavo Mendanha se cala e deixa Elvis Mendes, da Aparecidense, na chapada
Existe um meme que foi criado com a interação entre o narrador global Galvão Bueno e o repórter Tino Marcos que se aplica bem ao escândalo denunciado pelo Diário de Aparecida na última semana, que consiste na aplicação de recurso de quase R$ 6 milhões na Aparecidense: “Galvão? Fala Tino… Sentiu…!!”
Então, o que se percebeu por toda a cidade é que o prefeito Gustavo Mendanha sentiu o golpe. O mandatário aparecidense hora alguma tratou de desmentir tal escândalo, e pior, provavelmente pela sua orientação, escalou o presidente executivo da Associação Atlética Aparecidense, Elvis Mendes, para tentar explicar o inexplicável. O dirigente publicou um vídeo antigo nas suas redes sociais, particulares e da Aparecidense, onde tenta esclarecer tal tramoia, mas fica claro que os argumentos não são convincentes. Para completar, Elvis Mendes havia programado uma entrevista na sede do Diário de Aparecida, solicitada por ele próprio, e concedido-lhe o direito, horas depois, provavelmente orientado por Mendanha, ele cancelou a entrevista.
O porquê das contradições na fala de Elvis Mendes:
* Ele fala que o convênio é aberto a todos… sim, é aberto a todos, mas não na mesma proporção financeira que é direcionado para a Aparecidense.
* Escolinhas, categoria de base. O valor de quase R$ 6 milhões refere-se ao ano de 2020/2021, exatamente no período pandêmico, onde todas essas atividades foram suspensas, tanto é que no próprio vídeo ele apresenta fotos bem antigas.
* O mais absurdo de tudo o que ele fala é que a verba também é utilizada no Camaleões Sobre Rodas, projeto de basquete sobre rodas. O projeto está inativado desde a época em que Maguito Vilela era prefeito de Aparecida de Goiânia.
Enfim, tais explicações não convencem, e basicamente, de fato, os quase R$ 6 milhões foram, sim, aplicados ao time de futebol profissional, que abrange um grupo mínimo de no máximo 50 pessoas. Cabe ressaltar que tal convênio advém desde meados de 2013, ou seja, os recursos “investidos” no time de futebol particular podem ainda ser bem maiores.
Vários dirigentes já passaram pela diretoria da Aparecidense, mas nenhum se compara ao ex-diretor de futebol da equipe de Aparecida de Goiânia João Rodrigues, ‘O Cocá ‘ (falecido em outubro de 2020 – por complicações da Covid-19), que tinha salário pago pelos cofres públicos, tinha status de secretário municipal e praticamente se considerava “dono” da Aparecidense, e principalmente dono do Estádio Anníbal Batista de Toledo.
Dentro das quatro linhas, o time de Aparecida de Goiânia só passa vergonha. Nas arquibancadas, quando podia ter público no estádio, a Aparecidense nunca teve uma média acima de 200 torcedores. Os dirigentes da agremiação nunca fizeram nada para que isso mudasse, como uma menor cobrança, pois acharam melhor trabalhar com os recursos dos cofres municipais.