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Campanha chama atenção para a urgência do diagnóstico precoce do câncer de mama

Dependendo do estágio da doença, a taxa de sobrevida de quem luta contra o câncer de mama diminui quase 80% nos primeiros cinco anos após o diagnóstico da doença. É o que acontece, por exemplo, com as mulheres que descobrem a neoplasia no estágio IV, quando o tumor já se espalhou para outros órgãos, afetou os linfonodos e atingiu profundamente os tecidos adjacentes. A informação é do Instituto Nacional de Câncer Americano (National Cancer Institute) e representa bem o tom que o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) vai dar para seu Outubro Rosa 2021.
Com o mote “O câncer não espera”, a campanha que marca o mês de conscientização acerca das neoplasias de mama chama atenção para a urgência do diagnóstico precoce da doença e para a importância do autocuidado – prática que faz com que a proporção de mulheres que visitam periodicamente o médico supere em 12% a de homens, possibilitando, assim, a descoberta das mais diversas doenças ainda em fase inicial.
No caso dos tumores de mama, essa maior procura por atendimento de saúde faz toda diferença, já que a doença detectada precocemente tem chances de cura que chegam a até 95%. E é nesse ponto que entra a mamografia, exame realizado durante os check-ups de rotina, que precisa ser feito anualmente após os 40 anos e antecipa em até dois anos a descoberta do câncer, além de diminuir em quase 30% a mortalidade pela doença.

 

Autocuidado: um lembrete diário

Segundo o mastologista Rubens José Pereira, para diagnosticar precocemente um câncer de mama é preciso estar com as consultas de rotina em dia, além de estar sempre alerta aos sinais do corpo. Entre os sintomas mais comuns da doença estão aparecimento de nódulos nos braços e axilas, espessamento da mama, alteração no tamanho ou na forma do seios, mudança na textura do mamilo, aumento da sensibilidade mamilar e o endurecimento da pele na área da auréola.
De acordo com um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que 66.280 mulheres devem sentir algum desses sintomas, sendo diagnosticadas com câncer de mama até o final de 2021. Deste universo, 1.620 são goianas, o que aumenta e muito a preocupação do Araújo Jorge em conscientizar a população sobre a relação entre a descoberta precoce e o alto índice de cura da doença.
Diante do cenário, o médico Rubens José, que atualmente chefia o Setor de Ginecologia e Mama do Araújo Jorge, chama atenção para os fatores de risco da doença: a maioria corresponde a condições reprodutivas e hormonais ou a fatores genéticos e hereditários. “Obesidade e sobrepeso após a menopausa, inatividade física, consumo excessivo de bebida alcoólica e tabagismo também precisam deixar a mulher em alerta”, pontua o mastologista.

 

Tratamento: rumo à vitória

Depois do diagnóstico, é hora de iniciar o tratamento feito no Araújo Jorge com a ajuda da equipe de Ginecologia e Mama, setor que oferece mais de 28 mil consultas ambulatoriais todos os anos, além de quase 4,5 cirurgias e 6,5 mamografias/ano –praticamente tudo realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O time de especialistas trabalha lado a lado com uma equipe multi, formada por profissionais como enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogas.
Tudo para amparar com excelência aquelas mulheres que passaram a fazer parte de uma triste estatística e agora lutam contra o câncer mais comum no mundo. Segundo relatório da Associação Americana do Câncer (ACS) e da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), em 2020, o tipo fez mais vítimas do que as neoplasias de pulmão.
O levantamento mostra que os casos de câncer de mama têm aumentado devido às grandes mudanças no estilo de vida das mulheres, como excesso de peso corporal, sedentarismo, adiamento da gravidez e diminuição de partos e de amamentação.

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