Vida de secretária vai muito além do telefone, especialmente no consultório médico
Neste 30 de setembro é o dia delas. Profissionais que atuam na área da saúde contam um pouco sobre a importante função que faz diferença no serviço prestado ao paciente
Atender telefone, agendar horários, conciliar agendas, muitas pessoas pensam que a função de uma secretária se resume a isso, mas vai além. Elas possuem também muitas funções administrativas, como produzir relatórios, fazer faturamentos, pagamentos, entre outras. No Brasil, são mais de 63 mil secretárias e recepcionistas atuando por meio de empresas de serviços terceirizados, segundo a Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac).
Essas profissionais são tão importantes que ganharam até uma data para chamar de sua, 30 de setembro é o Dia da Secretária. A profissão é exercida desde 2012 por Suzane Torres Dias, de 30 anos, que atualmente trabalha na clínica Órion Diagnósticos, no Órion Complex, em Goiânia. No local, ela cuida diariamente da agenda de sete profissionais da saúde de diferentes áreas: cardiologista, urologista, clínico geral, radiologista, ginecologista, nutricionista e endocrinologista.
“No setor da saúde tem que ter um conhecimento da área, especificações, saber lidar com convênios, saber de qualidade clínica e hospitalar, segurança do paciente, além da parte administrativa, como faturamento e compras. Não se trabalha apenas com uma coisa. Além disso, tem que gostar de trabalhar com o público, muitos chegam ansiosos, preocupados, tem que saber lidar”, explica a secretária.
Suzane revela ainda que ao longo do tempo que exerce a profissão sempre procurou se atualizar e especializar. “Fiz curso de faturamento em Brasília, de atendimento em São Paulo, de qualidade e segurança aqui em Goiânia. Temos que procurar melhoria sempre”, destaca ela, contando ainda que administrar a agenda médica não é tão difícil quanto muitos pensam. “A prioridade é o paciente, analisar a urgência, atender a necessidade deles com a agenda do médico”, afirma.
Atendimentos
Marília Rodrigues Diogo Lima, de 35 anos, atua como secretária há dois anos e nove meses, antes trabalhou com atendimento geral em uma academia. Agora trabalha com os dez médicos da clínica Audilife, também localizada no centro clínico do Órion Complex, sendo cinco otorrinolaringologistas, quatro fonoaudiólogos e um urologista. “A área da saúde é mais complicada, pois lidamos com vários profissionais, é preciso ficar atento para dividir bem os atendimentos”, compara ela com o seu trabalho anterior.
Há dois meses uma nova colega foi contratada para ajudar Marília com as demandas da clínica e agora ela está com a função de treinar a novata também. “Eu gosto de ensinar e ajudar para a pessoa poder atender com mais facilidade, então isso para mim não está sendo um problema. Essa profissão é difícil para quem não tem paciência, pois às vezes o paciente se exalta, é preciso ter sabedoria e gostar. Eu gosto muito e quero crescer na área de gestão e atendimento”, ressalta Marília.